29 de julho de 2009

Em Compasso de Espera.


Nem tudo nessa vida é fácil. No caso de vida de Vira-Latas então, imagine. Na última postagem eu estava na iminência de operar, mas aconteceram alguns contratempos que adiaram meu plano. Alguns bons, alguns misteriosamente incógnitos no futuro, e outros um pouco ruins até, mas nem tanto.

Pra começar, a dieta de restrição de gordura funcionou melhor do que o esperado. Numa última visita ao veterinário de confiança, o doctor me garantiu que se eu mantivesse a dieta numa boa, sem abusar da substância, podia protelar a entrada na faca até um momento mais propício.

Um esquema para fazer a operação num hospital onde uma amiga trabalha foi por água abaixo. Ela tinha gentilmente oferecido para me pôr na lista do hospital público onde trabalha, por conta do chefe dela ser especializado no tipo de cirurgia que eu ia fazer, e segundo ela, o cara é fera, e que no circuito particular ele cobra caríssimo. Agradecidamente, tinha dito a ela, quando da oferta, que era uma ótima idéia e que por mim, sem problema algum entrar na faca lá no hospital dela. Sem frescura nenhuma... Se é pra correr risco numa mesa de operação, que seja num matadouro do estado, emoções fortíssimas!!!!

Acontece, que no meio do caminho, enquanto eu decidia datas e acontecimentos da minha vida, a criatura resolve não ser mais minha amiga. Não, é claro que não é simples assim... E como sempre, eu vou precisar de outra postagem para explicar esse caso em específico. E como sempre, eu acabo devendo mais explicações que explicando. Mas isso já faz parte do meu show.

Na verdade essa postagem é mais uma daquelas que a gente faz nas horas vagas, pra não dar impressão que a coisa aqui tá abandonada. (Até parece que convence)... mas, fazer o quê? Sou brasileiro e não desisto nunca.

Voltarei, e se possível, mais em breve do que dessa vez. E com explicações, aí sim, o osso vai ficar mais saboroso.

29 de abril de 2009

Adeus Vesícula


Minha vesícula está condenada. Vai ser arrancada, já me despeço da coitada. Depois de uma vida comendo porcarias altamente calóricas, me alimentando com gordura animal em profusão, junk food aqui e ali, e todas essas coisas que um Vira-Latas consegue encontrar enquanto fuça por aí afora, eis que aquelas crises de estômago que eu andava tendo ano passado revelaram sua verdadeira face.

Já estou marcando a operação, deve acontecer nas minhas férias, que deixei pra tirar no meio do ano, apesar de vencidas em fevereiro. Só que aí no meio dessa história de operação e férias vai ter mais novidades do que se possa pensar. Mas isso é assunto pra outra postagem. Nessa aqui o assunto é a vesícula prestes a partir dessa pra melhor. Eis que uma coisa de boa tudo isso trouxe.
Tomei vergonha na cara, de dezembro pra cá, tenho me alimentado melhor, fiz um corte considerável na ingestão de gorduras, o que fez com que a incidência de crises diminuísse drasticamente. E de brinde, nessa brincadeira eu já perdi uns 6 a 8kg de lá pra cá. E isso sem me sentir pressionado a perder esse peso de fato. Não foi uma dieta pra perder peso, foi pra melhorar a alimentação. A perda de peso foi uma consequência.

O legal é que foi uma mudança de alimentação na qual eu não senti drama algum, e que aparentemente vai dar pra manter como sendo o default pra mim mesmo depois de operado. Qualidade de vida que aumenta, peso que diminui, enfim... essas coisas saudáveis que o Vira-Latas aqui não era muito acostumado. Até que tá valendo.

20 de abril de 2009

Tanta Coisa de Outubro pra Cá...



De outubro pra cá, rolou um namoro rápido e estranho (por vários motivos), um rompimento mais rápio ainda, mas nada estranho, um reencontro, uma proposta, uma decisão e um mergulho de cabeça. Vira-Latas reafirmou veementemente sua vocação de não bater palmas para maluco dançar, e agora está ensaiando passos para ser o próprio maluco dançarino da vez. Estranho? Pode parecer à primeira vista, mas depois de explicado, creio que ficará mais fácil entender. Já adianto que nessa postagem vai só uma parte da novela... Depois vêm mais capítulos. É bom que assim eu vou refrescando as coisas na mente também. Titio VL não é mais nenhum adolescente, tem que pôr as idéias em dia aos poucos porque senão embaralha tudo e a exatidão padece.

Outubro passado, iniciava eu um namoro com uma moça tão complexa quanto atraente. Sim, e o que é pior, a moça não se achava nem complexa, nem tão atraente assim. Suspeitei desde o princípio, diria o Chapolim Colorado. Mas como eu não sou o Chapolim Colorado e a moça tinha atributos bastante desejáveis, embarquei.

Eis que era a moça egressa de um relacionamento longo, recentemente desfeito. Eis que o relacionamento tinha filhos no meio, um só, pra ser mais exato. E eis que o ex era do tipo chato. Resumindo, santo forte que eu tenho, pra mim não pegou nada, durante os 3 meses que durou. Mas que a existência do ex-croto era um fator de encheção de saco constante no MEU namoro, isso lá era. Digamos que o ex-trupício era um mestre na arte de deixar a moça mal com suas atitudes, o que refletia inevitavelmente na forma com que ela encarava todo o resto. Até aí, natural, até aí o seu narrador aqui sabia do que tratava esse tipo de situação e se colocava como ombro de apoio, sem o menor problema. Só havia um porém nessa história toda. A moça, como eu já tinha sugerido aí mais pra cima, possuía uma séria dificuldade em admitir que as coisas externas, quaisquer que fossem, a afetavam. Qualquer um pode imaginar que esse tipo de negação gera problemas de entendimento, tanto pra quem nega quanto pra quem convive diretamente com quem a pratica. Sem contar que como era de se esperar de uma pessoa que tinha saído de um relacionamento longo e mal ajambrado recentemente, ainda havia milhões de barreiras, neuras e inseguranças a resolver. Isso é natural, não a culpo por estar assim. É o tipo de situação que se fosse vista de fora, e não como participante, seria muito mais claramente identificada. E como eu estava dentro (aliás, a parte do [mau sentido mode on]dentro era ótima, diga-se de passagem) não vi que ela não estava ainda em condições de levar uma relação, pelo menos não comigo, não do jeito que eu sou, não do jeito como eu gosto de me relacionar.

Daí que isso, aliado a certas posturas assertivas demais, que não combinam com meu jeito normalmente tranquilo de resolver pendengas relacionamentais, foi gerando um certo grau de stress muito atípico pra um namoro de 2, 3 meses. Entre outubro e dezembro, aceitei o argumento e o aviso prévio (atitude nobre, admito) de que as coisas seriam complicadas por conta do cerco do ex-croque. Mas, passado esse período, após breves montanhas-russas de encanto e decepção, a coisa começou a ficar chata pra mim. E isso é algo que liga vários sensores no meu mecanismo de autopreservação. Num certo dia, pouco depois de completos 3 meses... uma briga idiota por uma situação extremamente desagradável e errônea, que foi elevada aos mais extremos graus de exagero e paranóia, que demandou horas ao telefone para chegar-se a um termo, deixou meus humores já em pandarecos. Eis que dois dias depois, mais uma vez assuntos particulares do lado de lá criaram uma situação ridícula, o que me causou uma crise forte de dor de estômago.

Nada me tirava da cabeça que me relacionar com uma pessoa capaz de sozinha, me deixar com dores físicas, não estava nos meus planos. Terminei ali, naquela noite. Não antes de ter que ouvir de uma pessoa que tenho a forte impressão de que nunca tinha tomado um pé na bunda antes, que eu "iria me arrepender e pediria para voltar"... Nessa hora, apesar de toda a dor que sentia, ri por dentro. E ri alto. Estava ali comprovado, que realmente, em 3 meses essa moça não se preocupou nem um pouco em me conhecer.

Questão foi, rolou um certo prazer sim, ao mandar a moça passar no RH pra acertar as contas. Digo isso, visto que pra alguém que tinha o costume de ser constantemente cortejada, o que pode gerar normalmente uma postura de se achar a última coca-cola do deserto, foi interessante ver a postura marrenta de "vc vai querer voltar" pro meu lado. Isso, no fim, não teve preço. Cara, eu sou bom. Mas quando a pessoa consegue a façanha de fazer com que eu não goste mais eu sou mau pra cacete.

7 de abril de 2009

Retomando esta Birosca

Vou retomar daqui porque sinceramente, nesse meio período entre a última postagem e essa não ocorreu nada tão digno de nota assim. Tá, tudo bem, na verdade ocorreu, mas são coisas que não dá pra falar numa postagem só. Pra atualizar os conteúdos eu vou ter que retomar e reclassificar diversas coisas que no momento não estou a fim.

Tá, tudo bem, não é nem questão de não estar a fim, mas são assuntos tão diversificados que não há condições de se falar tudo de uma vez só. Vou retomar do post anterior, só pela graça do "antes e depois" no quesito saúde...

Bom, alguns exames, meia dúzia de crises, 2 gastros e 1 clínico geral depois, descobri que tenho cálculos na vesícula e que o totó vai ter que entrar na faca. Mas nada dramático, me disseram que aquela intervenção dos 3 furinhos resolve (lembrar de agradecer a quem inventou a videolaparoscopia). Entrei numa dieta de corte de gorduras a pedido do último médico que me atendeu, (o coroa tem nome de circuito de fórmula 1), o saldo positivo da brincadeira é que entre a última postagem deste blog e a atual 8 indesejáveis quilogramas desprenderam-se dessa carcaça. Tomei vergonha na cara, parei de entupir minhas artérias com mais gordura que o necessário, e no badalar dos sinos, não sinto nem tanta diferença assim. De algumas coisas até dá saudade, mas independe. Reafirmo aqui minha capacidade de me desapegar de coisas desnecessárias. Ah, deve fazer um mês que eu não bebo também... Outra coisa que não fedeu nem cheirou, sinto mais falta do lado social da coisa do que do lado orgânico.

Bom, segundo o médico com nome de circuito de fórmula 1, tenho que fazer as taxas do fígado baixarem, que estavam altas por causa da gordura... Quem aí pensou no termo "bebum" vá tomar na tarraqueta... Então é isso, atualizei a situação médica do VL de outubro pra cá, mais pra frente venho falar das outras coisas.

7 de outubro de 2008

Após o Stress...

Bom, passou o período de intensidade trabalhística. Passou o stress que acomete o escritório toda vez que pinta evento grande com muita peça pra produzir. E desta vez, além do prazer do dever cumprido, a velha vida dura , feia e boa de porrada desse vira-latas que vos escreve se encarrega de me deixar com uma nova amiguinha: uma provável gastrite.

Reúnam 3 semanas de prazos apertados, trabalho até as 22:00 como rotina, péssima alimentação em horários nada recomendáveis, clientes que já não entregam mais materiais aos 45 do segundo tempo... não, isso é coisa do passado (a onda agora é entregar quando o juiz já apitou o fim do jogo, e os jogadores já estão no chuveiro, acreditem se quiserem). Com isso tudo nas mãos, é claro que a experiência científica a que se convencionou chamar de "minha vida" iria apresentar alguma anormalidade em algum momento, isso é evidente.

Bem, foram 3 crises do tipo, acordar no meio da madrugada e perambular pela casa como um fantasma simplesmente porque dói menos que ficar sentado ou deitado. E olha que eu nunca pensei que iria achar o termo "rolar na cama" algo ruim. Sorte do au-au aqui que o plano de saúde que o pessoal lá do trabalho colocou recentemente, apesar de ainda em período de carência, já autorizava atendimentos emergenciais.

Na terceira crise, não teve jeito. Nem andar, nem pular, nem meter o dedo na garganta e vomitar até as tripas... Corri prum endereço que me deram lá no centro levando a cópia do contrato do plano e fui atendido. A garota que me aplicou a IV era bonitinha. Pegava toda hora. Depois que o negócio fez efeito, eu dormi lá, sentado numa salinha... encostado na parede. Agora, é marcar um médico pra depois do vencimento da carência e ver qual é o nome do treco que eu tenho.

Façam suas apostas, senhores... Tá valendo de gastrite até câncer de estomago (Deus me livre), passando por dispepsia, úlcera estomacal, e outros bichos mais ferozes... Bom, só depois da famigerada (e aparentemente inevitável) endoscopia eu vou saber mesmo qual é o prêmio.

Mas nem tudo são dores na vida do VL... Tem coisas boas acontecendo, mas isso eu vou contar depois!

8 de setembro de 2008

Trabalhando que nem cachorro...


Porque eu não tenho vindo aqui? Tô trabalhando que nem um cão.

21 de agosto de 2008

Falta de Educação dá nisso...

Deu n'o Globo (pra ser mais exato na coluna Gente Boa do Joaquim Ferreira dos Santos):

"A Secretaria Estadual de Educação firmou parceria com a Furacão 2000 (!!!) e vai lançar um festival de funk (!!!) para alunos da rede pública. Finalistas mostrarão as músicas-sempre com temas ligados à sexualidade na adolescência-em bailes matinê. Tereza Porto, a secretária de educação que promove o concurso, começa a se ambientar (!!!) no assunto. Sábado, vai ao baile no Castelo das Pedras: "Quero me informar (!!!) e estudar a linguagem (!!!)".

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Observação: os "(!!!)" não são originais do texto, mas sim frutos da perplexidade deste que vos escreve.

11 de agosto de 2008

Um Ladrãozinho Safado, um Falso Ladrão...

Desde sempre eu afirmei que o vira-latas é um sobrevivente. Que é uma criatura que já veio ao mundo num contexto desconfortável, onde a luta diária é muito mais acirrada. Desde sempre eu afirmei que apenas quando consegue crescer e se desenvolver nesse contexto que também é desfavorável, o vira-latas pode se permitir ao prazer de ter escapado uma ou outra vez de situações vexatórias, perigosas ou complicadas.

Hoje o Vira-Latas escapou mais uma vez... Estava esse humilde canino que vos escreve na sua condução diária, voltando pro meu beco do outro lado da poça. Presidente Vargas, um pouco antes da Central, sentido Leopoldina. Estava olhando as mensagens no celular e o ônibus se aproximou do canteiro mais central da avenida.

Não sei o que foi mais rápido... o espírito ruim do cara que tentou roubar meu aparelho metendo a mão pela janela, ou o milésimo de segundo em que consegui sentir a aproximação do malandro pela lateral do ônibus. Um flash de pensamento passou pela minha mente, algo do tipo... "não acredito que esse palhaço vai tentar roubar meu celular"... e eu vi quase que como em câmera lenta, aquela mão entrando pela janela... e antes disso, a minha mão apertando o aparelho com mais força, evitando assim que ele conseguisse tirar o celular....

A moça do banco de trás percebeu e me perguntou, eu disse que o cara tentou. Ainda deu tempo de fazer o melhor... coloquei a cara pra fora da janela, e vi o malandro já mais pra trás no calçadão, e ele olhou pra trás. Não pensei duas vezes: meti o dedão pra fora e mandei-lhe um belo "fuck you". O povo do ônibus comentava, ouvi uns "bem feito, não conseguiu" "que absurdo" "cadê polícia" e por aí vai . Comentei com o motorista (eu estava bem no início do carro) que minha vontade era ter prendido o braço do meliante, e fazer ele dar um passeio de buzum. Até Niterói...

Mas não. Baixou a calma, me senti tão bem de ter mandado ele digamos, graficamente se fuder - e de claro, não ter perdido meu celular pra um ladrãozinho mané-, que valeu a pena deixar aqui o registro. Salve Jorge... até nisso ele me defende!

8 de agosto de 2008

Trocadilho Podre

Vira latas ouvindo o CD dos Secos e Molhados:
♫ Meu sangue latindu-úúúú... Minha alma canina-aaa...♪

O gatilho mais rápido do oeste não tem paz


Eu não posso beber meu whisky em paz no bar do Irish Willie, já não posso jogar poker com o Dakota Bill e os rapazes, não posso mais acampar em Fall River. Eu não posso ir até a casa de banhos do Mr. Cheng, não posso ir até o saloon da Ellie Mae. Nem mesmo ir visitar o rancho do velho Morgan ou aparecer na tribo do meu velho amigo Twenty Crows, aquele índio safado. Eu não posso mais nem mesmo aparecer na casa de tolerância da Srta. DuBois. Sempre tem algum bastardo querendo me desafiar para um duelo. Quase todos os dias eu tenho que derrubar mais um. O problema é que o tempo passa, e eu estou não estou ficando nem menos velho, nem menos lento. Um dia desses, um desses malditos garotos perseguindo a fama vai conseguir me pôr uma bala no estômago, e aí o que vai me restar? Uma cova? Um enterro decente? Vou dizer-lhes uma coisa. Ser o melhor às vezes pode ser uma merda. Um balde cheio de merda.

Ele cospe no chão, bem na bota do repórter, que olha desanimado ao mesmo tempo que esfrega a bota no chão de terra. Um texano grande e mal-encarado para na frente dos dois e olha com cara de desafio:
-Ao pôr do sol, McAllister... eu e você, em frente ao saloon.
Um grunhido como resposta. O texano volta pra perto dos seus capangas que riem. McAllister e o repórter continuam andando, o primeiro murmura com profundo desânimo:
-Pode ser hoje, rapaz. E pode não ser hoje. Mas é como eu lhe dizia, um balde cheio de merda.

A Própria lmagem já Diz

7 de agosto de 2008

Os Mineirim!!!


Eu não nasci lá, nem morei lá. Mas parte da minha família veio de lá, e o meu gosto pela comida de lá me faz pensar que em alguma parte do meu código genético, tem algumas letras dedicadas a Minas Gerais. Encontrei algumas anedotas bem mineirescas, bem temperadas "iguarzim a cumida di lá", que me deram vontade de pôr aqui...
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A SUTILEZA MINEIRA


O cumpadi, tava há muito tempo de olho na cumadi que morava no sítio vizinho. Aproveitando a ausênça do cumpadi, resolveu fazê uma visitinha para ver se ela não carecia de arguma coisa... Chegando lá, os dois meio sem jeito, não estavam acostumados a ficar a sós... nem a ficar trocando dedo de prosa... tenta daqui, tenta dali, falaram sobre o tempo....
- Será qui chove, cumadi?
- Pois é... Tá mei fei, né...
Ficô um grande silênço.....
Aí, o cumpadi si enche di corage e arresorve quebrá o gelo:
- Cumadi....qui qui ocê acha: nóis trepemo ou tomemo um café?
- Ah, cumpadi...cê mi pegô sem pó.....

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MUIÉ É BICHO À TOA 1

Os dois cumpades pitavam o cigarrim de paia e prosiavam. Um dêis pergunta:
- Ô cumpadre, cumé que chama mesmo aquela coisa que as muié tem (faz um sinal com as duas mãos), quentim, cabeludim, que a gente gosta, é vermeia e que come terra?
- Uai...quentim... vermeia..? A gente gosta? Uái sô, só pode ser xoxota. Mas eu num sabia que comia terra, sô!!
O outro dá uma pitada no cigarro, e arresponde mei desconsolado:
- Pois come, cumpadre. Só di mim, cumeu treis fazenda.

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MUIÉ É BICHO À TOA 2

O velho fazendeiro do interior de Minas está em sua sala, proseando com um amigo, quando um menino passa correndo por ali.Ele chama:
- Diproma, vai falar para sua avó trazê um cafezim aqui pra visita!
E o amigo estranha:
- Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?
- É meu neto! Eu chamo ele assim causo de que mandei minha fia estudar em Belzonte e ela vortou com ele!

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MUIÉ É BICHO À TOA 3

Dois mineirim pescando (e filosofando) na beira do riacho:
- Cumpadi, muié é bicho estranho, num é mêsss???
- Causdiquê, cumpadi?
- Uai, ocê veja, Num gosta di pescá.... Num gosta di futebor... Num sabi contá piada... Num toma umas pinguinha....
- Óia, cumpadi é bem verdade... Võ dize mais procê... Acho que si num tivesse xoxota, eu nem cumprimentava.

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NA CAMA COM O MINEIRIM

Um mineirim bom de cama, passando por New York, pega uma americana e parte pros finalrementes. Durante o bem-bão, o mineirim faz a americana gozá qui nem uma doida. O Trem tava bom dimais da conta, então a americana fica louca e começa a gritar:
- Once more, once more, once more...
E o mineirinho responde desesperado sem sabê pur causo di quê que a doida tava preguntando aquilo:
- 'Beraba!!!! 'Beraba!!!!! 'Beraba!!!!!!!