29 de abril de 2009

Adeus Vesícula


Minha vesícula está condenada. Vai ser arrancada, já me despeço da coitada. Depois de uma vida comendo porcarias altamente calóricas, me alimentando com gordura animal em profusão, junk food aqui e ali, e todas essas coisas que um Vira-Latas consegue encontrar enquanto fuça por aí afora, eis que aquelas crises de estômago que eu andava tendo ano passado revelaram sua verdadeira face.

Já estou marcando a operação, deve acontecer nas minhas férias, que deixei pra tirar no meio do ano, apesar de vencidas em fevereiro. Só que aí no meio dessa história de operação e férias vai ter mais novidades do que se possa pensar. Mas isso é assunto pra outra postagem. Nessa aqui o assunto é a vesícula prestes a partir dessa pra melhor. Eis que uma coisa de boa tudo isso trouxe.
Tomei vergonha na cara, de dezembro pra cá, tenho me alimentado melhor, fiz um corte considerável na ingestão de gorduras, o que fez com que a incidência de crises diminuísse drasticamente. E de brinde, nessa brincadeira eu já perdi uns 6 a 8kg de lá pra cá. E isso sem me sentir pressionado a perder esse peso de fato. Não foi uma dieta pra perder peso, foi pra melhorar a alimentação. A perda de peso foi uma consequência.

O legal é que foi uma mudança de alimentação na qual eu não senti drama algum, e que aparentemente vai dar pra manter como sendo o default pra mim mesmo depois de operado. Qualidade de vida que aumenta, peso que diminui, enfim... essas coisas saudáveis que o Vira-Latas aqui não era muito acostumado. Até que tá valendo.

20 de abril de 2009

Tanta Coisa de Outubro pra Cá...



De outubro pra cá, rolou um namoro rápido e estranho (por vários motivos), um rompimento mais rápio ainda, mas nada estranho, um reencontro, uma proposta, uma decisão e um mergulho de cabeça. Vira-Latas reafirmou veementemente sua vocação de não bater palmas para maluco dançar, e agora está ensaiando passos para ser o próprio maluco dançarino da vez. Estranho? Pode parecer à primeira vista, mas depois de explicado, creio que ficará mais fácil entender. Já adianto que nessa postagem vai só uma parte da novela... Depois vêm mais capítulos. É bom que assim eu vou refrescando as coisas na mente também. Titio VL não é mais nenhum adolescente, tem que pôr as idéias em dia aos poucos porque senão embaralha tudo e a exatidão padece.

Outubro passado, iniciava eu um namoro com uma moça tão complexa quanto atraente. Sim, e o que é pior, a moça não se achava nem complexa, nem tão atraente assim. Suspeitei desde o princípio, diria o Chapolim Colorado. Mas como eu não sou o Chapolim Colorado e a moça tinha atributos bastante desejáveis, embarquei.

Eis que era a moça egressa de um relacionamento longo, recentemente desfeito. Eis que o relacionamento tinha filhos no meio, um só, pra ser mais exato. E eis que o ex era do tipo chato. Resumindo, santo forte que eu tenho, pra mim não pegou nada, durante os 3 meses que durou. Mas que a existência do ex-croto era um fator de encheção de saco constante no MEU namoro, isso lá era. Digamos que o ex-trupício era um mestre na arte de deixar a moça mal com suas atitudes, o que refletia inevitavelmente na forma com que ela encarava todo o resto. Até aí, natural, até aí o seu narrador aqui sabia do que tratava esse tipo de situação e se colocava como ombro de apoio, sem o menor problema. Só havia um porém nessa história toda. A moça, como eu já tinha sugerido aí mais pra cima, possuía uma séria dificuldade em admitir que as coisas externas, quaisquer que fossem, a afetavam. Qualquer um pode imaginar que esse tipo de negação gera problemas de entendimento, tanto pra quem nega quanto pra quem convive diretamente com quem a pratica. Sem contar que como era de se esperar de uma pessoa que tinha saído de um relacionamento longo e mal ajambrado recentemente, ainda havia milhões de barreiras, neuras e inseguranças a resolver. Isso é natural, não a culpo por estar assim. É o tipo de situação que se fosse vista de fora, e não como participante, seria muito mais claramente identificada. E como eu estava dentro (aliás, a parte do [mau sentido mode on]dentro era ótima, diga-se de passagem) não vi que ela não estava ainda em condições de levar uma relação, pelo menos não comigo, não do jeito que eu sou, não do jeito como eu gosto de me relacionar.

Daí que isso, aliado a certas posturas assertivas demais, que não combinam com meu jeito normalmente tranquilo de resolver pendengas relacionamentais, foi gerando um certo grau de stress muito atípico pra um namoro de 2, 3 meses. Entre outubro e dezembro, aceitei o argumento e o aviso prévio (atitude nobre, admito) de que as coisas seriam complicadas por conta do cerco do ex-croque. Mas, passado esse período, após breves montanhas-russas de encanto e decepção, a coisa começou a ficar chata pra mim. E isso é algo que liga vários sensores no meu mecanismo de autopreservação. Num certo dia, pouco depois de completos 3 meses... uma briga idiota por uma situação extremamente desagradável e errônea, que foi elevada aos mais extremos graus de exagero e paranóia, que demandou horas ao telefone para chegar-se a um termo, deixou meus humores já em pandarecos. Eis que dois dias depois, mais uma vez assuntos particulares do lado de lá criaram uma situação ridícula, o que me causou uma crise forte de dor de estômago.

Nada me tirava da cabeça que me relacionar com uma pessoa capaz de sozinha, me deixar com dores físicas, não estava nos meus planos. Terminei ali, naquela noite. Não antes de ter que ouvir de uma pessoa que tenho a forte impressão de que nunca tinha tomado um pé na bunda antes, que eu "iria me arrepender e pediria para voltar"... Nessa hora, apesar de toda a dor que sentia, ri por dentro. E ri alto. Estava ali comprovado, que realmente, em 3 meses essa moça não se preocupou nem um pouco em me conhecer.

Questão foi, rolou um certo prazer sim, ao mandar a moça passar no RH pra acertar as contas. Digo isso, visto que pra alguém que tinha o costume de ser constantemente cortejada, o que pode gerar normalmente uma postura de se achar a última coca-cola do deserto, foi interessante ver a postura marrenta de "vc vai querer voltar" pro meu lado. Isso, no fim, não teve preço. Cara, eu sou bom. Mas quando a pessoa consegue a façanha de fazer com que eu não goste mais eu sou mau pra cacete.

7 de abril de 2009

Retomando esta Birosca

Vou retomar daqui porque sinceramente, nesse meio período entre a última postagem e essa não ocorreu nada tão digno de nota assim. Tá, tudo bem, na verdade ocorreu, mas são coisas que não dá pra falar numa postagem só. Pra atualizar os conteúdos eu vou ter que retomar e reclassificar diversas coisas que no momento não estou a fim.

Tá, tudo bem, não é nem questão de não estar a fim, mas são assuntos tão diversificados que não há condições de se falar tudo de uma vez só. Vou retomar do post anterior, só pela graça do "antes e depois" no quesito saúde...

Bom, alguns exames, meia dúzia de crises, 2 gastros e 1 clínico geral depois, descobri que tenho cálculos na vesícula e que o totó vai ter que entrar na faca. Mas nada dramático, me disseram que aquela intervenção dos 3 furinhos resolve (lembrar de agradecer a quem inventou a videolaparoscopia). Entrei numa dieta de corte de gorduras a pedido do último médico que me atendeu, (o coroa tem nome de circuito de fórmula 1), o saldo positivo da brincadeira é que entre a última postagem deste blog e a atual 8 indesejáveis quilogramas desprenderam-se dessa carcaça. Tomei vergonha na cara, parei de entupir minhas artérias com mais gordura que o necessário, e no badalar dos sinos, não sinto nem tanta diferença assim. De algumas coisas até dá saudade, mas independe. Reafirmo aqui minha capacidade de me desapegar de coisas desnecessárias. Ah, deve fazer um mês que eu não bebo também... Outra coisa que não fedeu nem cheirou, sinto mais falta do lado social da coisa do que do lado orgânico.

Bom, segundo o médico com nome de circuito de fórmula 1, tenho que fazer as taxas do fígado baixarem, que estavam altas por causa da gordura... Quem aí pensou no termo "bebum" vá tomar na tarraqueta... Então é isso, atualizei a situação médica do VL de outubro pra cá, mais pra frente venho falar das outras coisas.