Tá bom, tá bom... Eu sei que esse texto é velho, mas a edição é revista e vem com alguns comentários novos e de fundo filosófico.
Mulher Caranguejo: É feia e peluda, mas você dá umas pancadas, limpa direitinho, ignora o cheiro e come. (No fim até acaba achando gostosa...)
Mulher Pão: Tem sempre o mesmo gosto, mas você come todo dia, (e por incrível que pareça, não enjoa de comer).
Mulher Tira-Gosto: Não faz falta nenhuma na alimentação, mas acompanhada de uma bebidinha você come distraidamente e até gosta. (aquela cervejinha da sexta-feira não é a mesma sem ela)...
Mulher Maracujá: É toda enrugada e azeda, mas você adoça um pouco, come e depois que come, sente muita vontade de dormir.
Mulher Lagosta: Só consegue comer quem tem muito dinheiro.
Mulher Caviar: Você sabe que alguém come, mas não é ninguém que você conheça.
Mulher Bacalhau: Você só come uma vez por ano, em ocasiões especiais. (E geralmente é na casa da família da gente...)
Mulher Arroz: É a oficial; você só come porque já está acostumado.
Mulher Maionese de Fim de Festa: Todo mundo te avisa pra não comer mas você come porque tá desesperado, se arrepende depois e ainda passa mal.
Mulher Coca-Cola: É pressão o tempo todo.
Mulher Engov: Você dá uma antes de sair, faz farra a noite toda, e quando volta pra casa, bêbado, dá outra antes de dormir.
Mulher Rã: Todo mundo já comeu, menos você.
Mulher Queijo Coalho: É toda quadrada, geralmente vem do nordeste, e é fácil de achar dando mole na praia.
Mulher Salada: É bonita, chama atenção, quem come tira onda, mas quando você come, descobre que não é tão gostosa assim.
Mulher Marmita: Não é lá essas coisas, mas você come rapidinho pra aplacar a necessidade.
Mulher Cafezinho de Supermercado: Você nem faz questão, mas como vem de graça na sua mão... você come.
Mulher Jiló: É horrível, você não suporta, mas tem sempre alguém que gosta de comer.
Mulher Sorvete: Se você não comer logo, ela "derrete" e você não come nunca mais.
Mulher Docinho de Festa: Você fica com vergonha de chegar junto então vem outro e come e deixa você chupando dedo.
Mulher Cogumelo Venenoso: comeu, tá fodido.
Mulher Chumbinho: Você come sem saber o que é, e geralmente morre por conta disso.
Mulher Feijoada: Você come e ela fica te enchendo o dia todinho.
Mulher Espinafre: É aquela que quando você come, te dá forças se você estiver na pior.
Mulher Kriptonita: Você come e ela suga todas as suas forças, te deixa destruído.
Mulher Coqueiro: Pode trepar numa boa que não tem galho.
Mulher Miojo: Em três minutos tá pronta pra comer.
Mulher Coca 2,5 litros: Dá prá seis.
Mulher Maverick: É bonitona, mas é antiga, já esteve na moda e bebe pra caralho.
Mulher Vemaguete: Uma perua velha.
Mulher Cebola: É aquela que te faz chorar antes de comer...
Mulher Dobradinha: O povão até diz que gosta, mas na verdade é um bucho.
Mulher Iogurte com Sucrilhos: Você tem que dar uma boa sacudida antes comer pra ela ficar no jeito.
30 de agosto de 2006
3 de agosto de 2006
Um Pingado e Um Pão na Chapa
Às vezes quando consigo chegar cedo no trabalho, andes de subir pro escritório passo num boteco que tem perto pra tomar o se pode considerar o supra-sumo do café da manhã de botequim. Sabe aquele tipo de bar que mulher fresca nem gosta de olhar pra dentro? Sabe aquele boteco de centro de cidade em que você vê todo tipo de homem, desde o engravatado até o camelô? Sabe, aquele tipo de bar que parece, de tão comum, de tão corriqueiro e despojado de orgulho, assumir ares de instituição? Daqueles onde todo mundo conhece o atendente pelo nome, onde o dono tem cara de poucos amigos usa aquela mesma calça social cinza surrada e uma camisa de manga curta? Onde esse mesmo dono invariavelmente tem cara de português seja ele brasileiro, espanhol, alemão, ou até mesmo turco... Pois então, e num desses que eu vou.
É nesse tipo de bar que se exercita um certo jeito espontâneo, uma certa falta de cerimônia, uma desatenção aos detalhes, algo contra o qual só os muito frescos se rebelam e deixam de cultivar. Chega a ser patente, que não se trata de sujeira, nem de falta de higiene, mas de um total deapoego a qualquer tipo de salamaleques. Frescura ou preciosismo ali é proibido. Tudo é feito com um sentido de arte quase perdida. Você senta naquele banquinho redondo, de madeira polida, (na verdade gasta mesmo) e pede um pingado e um pão na chapa. Sete palavras. Sete palavras e você tem um café da manhã. O atendente grita o pedido pro cara da chapa. Esse, em questão de segundos aplica manteiga nos dois lados de um pão francês honesto e inocente, e despacha o pão sem a menor cerimônia pra chapa quente... Enquanto isso, o pingado chega, com aquela cor precisa, o copinho americano que tem a mesma cara desde sempre em cima de um pires de alumínio que não tem nada a ver com ele, e ao mesmo tempo, tudo a ver com ele. Você alcança o indefectível açucareiro de alumínio que está ao lado, adoça a gosto enquanto o pão chega. Aquele inocente pãozinho de há pouco chega tostadinho, cheirando bem e imbuído da boa intenção de te preparar espiritualmente pra encarar mais um dia de luta. E a não ser que o teu time tenha perdido um campeonato na noite anterior, o pão sempre vence. Barriga quente, vamos trabalhar.
É nesse tipo de bar que se exercita um certo jeito espontâneo, uma certa falta de cerimônia, uma desatenção aos detalhes, algo contra o qual só os muito frescos se rebelam e deixam de cultivar. Chega a ser patente, que não se trata de sujeira, nem de falta de higiene, mas de um total deapoego a qualquer tipo de salamaleques. Frescura ou preciosismo ali é proibido. Tudo é feito com um sentido de arte quase perdida. Você senta naquele banquinho redondo, de madeira polida, (na verdade gasta mesmo) e pede um pingado e um pão na chapa. Sete palavras. Sete palavras e você tem um café da manhã. O atendente grita o pedido pro cara da chapa. Esse, em questão de segundos aplica manteiga nos dois lados de um pão francês honesto e inocente, e despacha o pão sem a menor cerimônia pra chapa quente... Enquanto isso, o pingado chega, com aquela cor precisa, o copinho americano que tem a mesma cara desde sempre em cima de um pires de alumínio que não tem nada a ver com ele, e ao mesmo tempo, tudo a ver com ele. Você alcança o indefectível açucareiro de alumínio que está ao lado, adoça a gosto enquanto o pão chega. Aquele inocente pãozinho de há pouco chega tostadinho, cheirando bem e imbuído da boa intenção de te preparar espiritualmente pra encarar mais um dia de luta. E a não ser que o teu time tenha perdido um campeonato na noite anterior, o pão sempre vence. Barriga quente, vamos trabalhar.
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