7 de outubro de 2008

Após o Stress...

Bom, passou o período de intensidade trabalhística. Passou o stress que acomete o escritório toda vez que pinta evento grande com muita peça pra produzir. E desta vez, além do prazer do dever cumprido, a velha vida dura , feia e boa de porrada desse vira-latas que vos escreve se encarrega de me deixar com uma nova amiguinha: uma provável gastrite.

Reúnam 3 semanas de prazos apertados, trabalho até as 22:00 como rotina, péssima alimentação em horários nada recomendáveis, clientes que já não entregam mais materiais aos 45 do segundo tempo... não, isso é coisa do passado (a onda agora é entregar quando o juiz já apitou o fim do jogo, e os jogadores já estão no chuveiro, acreditem se quiserem). Com isso tudo nas mãos, é claro que a experiência científica a que se convencionou chamar de "minha vida" iria apresentar alguma anormalidade em algum momento, isso é evidente.

Bem, foram 3 crises do tipo, acordar no meio da madrugada e perambular pela casa como um fantasma simplesmente porque dói menos que ficar sentado ou deitado. E olha que eu nunca pensei que iria achar o termo "rolar na cama" algo ruim. Sorte do au-au aqui que o plano de saúde que o pessoal lá do trabalho colocou recentemente, apesar de ainda em período de carência, já autorizava atendimentos emergenciais.

Na terceira crise, não teve jeito. Nem andar, nem pular, nem meter o dedo na garganta e vomitar até as tripas... Corri prum endereço que me deram lá no centro levando a cópia do contrato do plano e fui atendido. A garota que me aplicou a IV era bonitinha. Pegava toda hora. Depois que o negócio fez efeito, eu dormi lá, sentado numa salinha... encostado na parede. Agora, é marcar um médico pra depois do vencimento da carência e ver qual é o nome do treco que eu tenho.

Façam suas apostas, senhores... Tá valendo de gastrite até câncer de estomago (Deus me livre), passando por dispepsia, úlcera estomacal, e outros bichos mais ferozes... Bom, só depois da famigerada (e aparentemente inevitável) endoscopia eu vou saber mesmo qual é o prêmio.

Mas nem tudo são dores na vida do VL... Tem coisas boas acontecendo, mas isso eu vou contar depois!

8 de setembro de 2008

Trabalhando que nem cachorro...


Porque eu não tenho vindo aqui? Tô trabalhando que nem um cão.

21 de agosto de 2008

Falta de Educação dá nisso...

Deu n'o Globo (pra ser mais exato na coluna Gente Boa do Joaquim Ferreira dos Santos):

"A Secretaria Estadual de Educação firmou parceria com a Furacão 2000 (!!!) e vai lançar um festival de funk (!!!) para alunos da rede pública. Finalistas mostrarão as músicas-sempre com temas ligados à sexualidade na adolescência-em bailes matinê. Tereza Porto, a secretária de educação que promove o concurso, começa a se ambientar (!!!) no assunto. Sábado, vai ao baile no Castelo das Pedras: "Quero me informar (!!!) e estudar a linguagem (!!!)".

•••

Observação: os "(!!!)" não são originais do texto, mas sim frutos da perplexidade deste que vos escreve.

11 de agosto de 2008

Um Ladrãozinho Safado, um Falso Ladrão...

Desde sempre eu afirmei que o vira-latas é um sobrevivente. Que é uma criatura que já veio ao mundo num contexto desconfortável, onde a luta diária é muito mais acirrada. Desde sempre eu afirmei que apenas quando consegue crescer e se desenvolver nesse contexto que também é desfavorável, o vira-latas pode se permitir ao prazer de ter escapado uma ou outra vez de situações vexatórias, perigosas ou complicadas.

Hoje o Vira-Latas escapou mais uma vez... Estava esse humilde canino que vos escreve na sua condução diária, voltando pro meu beco do outro lado da poça. Presidente Vargas, um pouco antes da Central, sentido Leopoldina. Estava olhando as mensagens no celular e o ônibus se aproximou do canteiro mais central da avenida.

Não sei o que foi mais rápido... o espírito ruim do cara que tentou roubar meu aparelho metendo a mão pela janela, ou o milésimo de segundo em que consegui sentir a aproximação do malandro pela lateral do ônibus. Um flash de pensamento passou pela minha mente, algo do tipo... "não acredito que esse palhaço vai tentar roubar meu celular"... e eu vi quase que como em câmera lenta, aquela mão entrando pela janela... e antes disso, a minha mão apertando o aparelho com mais força, evitando assim que ele conseguisse tirar o celular....

A moça do banco de trás percebeu e me perguntou, eu disse que o cara tentou. Ainda deu tempo de fazer o melhor... coloquei a cara pra fora da janela, e vi o malandro já mais pra trás no calçadão, e ele olhou pra trás. Não pensei duas vezes: meti o dedão pra fora e mandei-lhe um belo "fuck you". O povo do ônibus comentava, ouvi uns "bem feito, não conseguiu" "que absurdo" "cadê polícia" e por aí vai . Comentei com o motorista (eu estava bem no início do carro) que minha vontade era ter prendido o braço do meliante, e fazer ele dar um passeio de buzum. Até Niterói...

Mas não. Baixou a calma, me senti tão bem de ter mandado ele digamos, graficamente se fuder - e de claro, não ter perdido meu celular pra um ladrãozinho mané-, que valeu a pena deixar aqui o registro. Salve Jorge... até nisso ele me defende!

8 de agosto de 2008

Trocadilho Podre

Vira latas ouvindo o CD dos Secos e Molhados:
♫ Meu sangue latindu-úúúú... Minha alma canina-aaa...♪

O gatilho mais rápido do oeste não tem paz


Eu não posso beber meu whisky em paz no bar do Irish Willie, já não posso jogar poker com o Dakota Bill e os rapazes, não posso mais acampar em Fall River. Eu não posso ir até a casa de banhos do Mr. Cheng, não posso ir até o saloon da Ellie Mae. Nem mesmo ir visitar o rancho do velho Morgan ou aparecer na tribo do meu velho amigo Twenty Crows, aquele índio safado. Eu não posso mais nem mesmo aparecer na casa de tolerância da Srta. DuBois. Sempre tem algum bastardo querendo me desafiar para um duelo. Quase todos os dias eu tenho que derrubar mais um. O problema é que o tempo passa, e eu estou não estou ficando nem menos velho, nem menos lento. Um dia desses, um desses malditos garotos perseguindo a fama vai conseguir me pôr uma bala no estômago, e aí o que vai me restar? Uma cova? Um enterro decente? Vou dizer-lhes uma coisa. Ser o melhor às vezes pode ser uma merda. Um balde cheio de merda.

Ele cospe no chão, bem na bota do repórter, que olha desanimado ao mesmo tempo que esfrega a bota no chão de terra. Um texano grande e mal-encarado para na frente dos dois e olha com cara de desafio:
-Ao pôr do sol, McAllister... eu e você, em frente ao saloon.
Um grunhido como resposta. O texano volta pra perto dos seus capangas que riem. McAllister e o repórter continuam andando, o primeiro murmura com profundo desânimo:
-Pode ser hoje, rapaz. E pode não ser hoje. Mas é como eu lhe dizia, um balde cheio de merda.

A Própria lmagem já Diz

7 de agosto de 2008

Os Mineirim!!!


Eu não nasci lá, nem morei lá. Mas parte da minha família veio de lá, e o meu gosto pela comida de lá me faz pensar que em alguma parte do meu código genético, tem algumas letras dedicadas a Minas Gerais. Encontrei algumas anedotas bem mineirescas, bem temperadas "iguarzim a cumida di lá", que me deram vontade de pôr aqui...
•••

A SUTILEZA MINEIRA


O cumpadi, tava há muito tempo de olho na cumadi que morava no sítio vizinho. Aproveitando a ausênça do cumpadi, resolveu fazê uma visitinha para ver se ela não carecia de arguma coisa... Chegando lá, os dois meio sem jeito, não estavam acostumados a ficar a sós... nem a ficar trocando dedo de prosa... tenta daqui, tenta dali, falaram sobre o tempo....
- Será qui chove, cumadi?
- Pois é... Tá mei fei, né...
Ficô um grande silênço.....
Aí, o cumpadi si enche di corage e arresorve quebrá o gelo:
- Cumadi....qui qui ocê acha: nóis trepemo ou tomemo um café?
- Ah, cumpadi...cê mi pegô sem pó.....

•••

MUIÉ É BICHO À TOA 1

Os dois cumpades pitavam o cigarrim de paia e prosiavam. Um dêis pergunta:
- Ô cumpadre, cumé que chama mesmo aquela coisa que as muié tem (faz um sinal com as duas mãos), quentim, cabeludim, que a gente gosta, é vermeia e que come terra?
- Uai...quentim... vermeia..? A gente gosta? Uái sô, só pode ser xoxota. Mas eu num sabia que comia terra, sô!!
O outro dá uma pitada no cigarro, e arresponde mei desconsolado:
- Pois come, cumpadre. Só di mim, cumeu treis fazenda.

•••

MUIÉ É BICHO À TOA 2

O velho fazendeiro do interior de Minas está em sua sala, proseando com um amigo, quando um menino passa correndo por ali.Ele chama:
- Diproma, vai falar para sua avó trazê um cafezim aqui pra visita!
E o amigo estranha:
- Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?
- É meu neto! Eu chamo ele assim causo de que mandei minha fia estudar em Belzonte e ela vortou com ele!

•••

MUIÉ É BICHO À TOA 3

Dois mineirim pescando (e filosofando) na beira do riacho:
- Cumpadi, muié é bicho estranho, num é mêsss???
- Causdiquê, cumpadi?
- Uai, ocê veja, Num gosta di pescá.... Num gosta di futebor... Num sabi contá piada... Num toma umas pinguinha....
- Óia, cumpadi é bem verdade... Võ dize mais procê... Acho que si num tivesse xoxota, eu nem cumprimentava.

•••

NA CAMA COM O MINEIRIM

Um mineirim bom de cama, passando por New York, pega uma americana e parte pros finalrementes. Durante o bem-bão, o mineirim faz a americana gozá qui nem uma doida. O Trem tava bom dimais da conta, então a americana fica louca e começa a gritar:
- Once more, once more, once more...
E o mineirinho responde desesperado sem sabê pur causo di quê que a doida tava preguntando aquilo:
- 'Beraba!!!! 'Beraba!!!!! 'Beraba!!!!!!!

Feminismo à Brasileira


A União Internacional das Mulheres resolveu fazer uma experiência durante um ano para medir a capacidade de persuasão que as mulheres de diferentes países exercem no lar. O teste seria feito durante o período de um ano com uma francesa, uma americana, uma australiana e uma brasileira. No ano seguinte elas se reuniriam em um novo seminário para comprovarem os resultados. Pois bem. Possou-se um ano e lá estavam as mulheres reunidas no seminário da UniãoInternacional das Mulheres:
- Chamo ao palco a representante francesa. - Disse a presidenta do congresso.
- Então, minhas colegas, cheguei em casa após aquela reunião do ano passado e disse ao meu marido: “Não cozinharei mais dentro dessa casa”! - Afirmou enfaticamente a representante Francesa.
- E o que aconteceu? O que aconteceu? - Perguntava a platéia feminina presente no seminário.
- Bem, no primeiro dia eu não vi nada. No segundo também não vi nada. No terceiro dia ele começou a comprar comida fora. Em um mês ele percebeu que seria mais viável contratarmos uma cozinheira. E hoje, nós somos donos de uma das maiores redes de restaurantes da França - Concluiu a francesa. E a platéia foi ao delírio com o resultado.
- Agora chamo ao palco a companheira americana. - Convocou a presidenta.
- Amigas presentes, vos digo que cheguei em casa após aquela reunião do ano passado e disse ao meu marido:“Não lavarei mais roupas dentro dessa casa”. - Disse a americana.
- Ohhh! - Exclamou a platéia, esperando uma resposta.
- Bem, no primeiro dia eu não vi nada. No segundo também não vi nada. No terceiro dia ele começou a levar a roupa para uma lavanderia. Em um mês ele percebeu que seria mais viável contratarmos uma lavadeira. E hoje, nós somos donos de uma das maiores redes de lavanderia dos Estados Unidos. - Respondeu a americana.
E na platéia umas gritavam de êxtase com os resultados, enquanto outras discutiam animadamente os reflexos que aquelas experiências podiam trazer à sociedade...
- Agora chamo a companheira australiana- convocou a presidenta.
- Bem, cheguei em casa após aquela reunião do ano passado e disse ao meu marido:“Não cuidarei mais das crianças nessa casa”. - Disse a australiana.
- Ooohhhhh! - Gritava mais ainda a platéia esperando a resposta.
- Bem! No primeiro dia eu não vi nada. No segundo também não vi nada. No terceiro dia ele tentou cuidar das crianças matando o trabalho. Em um mês ele percebeu que seria mais viável contratarmos uma babá. E hoje, nós somos donos de uma das maiores redes de baby sitter da Austrália. - Respondeu a australiana. A platéia exultava, aos prantos de tanta emoção e conquista com todos esses resultados.
- Por último eu chamo agora ao palco a companheira brasileira. - Convocou a presidenta.
- Bem, cheguei em casa após aquela reunião do ano passado e disse ao meu marido:“O negócio é o seguinte, Waldemar: não lavo mais, não passo mais, não cozinho mais e nem cuido mais das crianças nessa po##@ dessa casa”. - Exclamou a brasileira. As companheiras de platéia ficaram impressionadíssimas com o radicalismo da companheira brasileira, já comemorando com o que seria a resposta.
- E o que aconteceu? – Perguntou a presidenta, tomada pela curiosidade.
- Bem, no primeiro dia eu não vi nada. No segundo também não vi nada. No terceiro, ainda nada. No quarto dia, quando os meus olhos começaram a desinchar . . .

14 de julho de 2008

A Palavra Mais Rica da Língua Portuguesa...



Recentemente recebi por e-mail um texto que afirmava que o vocábulo mais rico da língua portuguesa seria a palavra MERDA. E não é que esta versátil palavra pode mesmo ser considerada um coringa da língua portuguesa????

Vejam os exemplos a seguir:

1) Como indicação geográfica 1:
Onde fica essa MERDA?

2) Como indicação geográfica 2:
Vá a MERDA!

3) Como indicação geográfica 3:
17:00h - vou embora dessa MERDA.

4) Como substantivo qualificativo:
Você é um MERDA!

5) Como auxiliar quantitativo:
Trabalho pra caramba e não ganho MERDA nenhuma!

6) Como indicador de especialização profissional:
Ele só faz MERDA.

7) Como indicativo de MBA:
Ele faz muita MERDA.

8) Como sinônimo de covarde:
Seu MERDA!

9) Como questionamento dirigido:
Fez MERDA, né?

10) Como indicador visual:
Não se enxerga MERDA nenhuma!

11) Como elemento de indicação do caminho a ser percorrido:
Por que você não vai à MERDA?

12) Como especulação de conhecimento e surpresa:
Que MERDA é essa?

13) Como constatação da situação financeira de um indivíduo:
Ele está na MERDA...

14) Como indicador de ressentimento natalino:
Não ganhei MERDA nenhuma de presente!

15) Como indicador de admiração:
Puta MERDA!

16) Como indicador de rejeição:
Puta MERDA!

17) Como indicador de espécie:
O que esse MERDA pensa que é?

18) Como indicador de continuidade:
Tô na mesma MERDA de sempre.

19) Como indicador de desordem:
Tá tudo uma MERDA!

20) Como constatação científica dos resultados da alquimia:
Tudo o que ele põe a mão vira MERDA!

21) Como resultado aplicativo:
Deu MERDA.

22) Como indicador de performance esportiva:
O Fluminense não está jogando MERDA nenhuma!!!

23) Como constatação negativa:
Que MERDA!

24) Como classificação literária:
Êta textinho de MERDA!!!

25) Como qualificação de governo:
O governo Lula só faz MERDA!

26) Como situação de 'orgulho/metidez' :
Ela se acha e não tem 'MERDA NO CU PRA CAGAR'!

27) Como indicativo de ocupação:
Para você ter lido até aqui, é sinal que não está fazendo MERDA nenhuma!

1 de julho de 2008

Entreouvido nas Ruas da Cidade

"Chega o fim-de-semana, o espírito do trabalhador sai do corpo. Quando ele volta na segunda-feira, encontra uma matéria estragada"

9 de junho de 2008

Etapas da Bebedeira - Edição Revista e Ampliada

Etapa 1 - O Sabe-Tudo
É quando você se torna um expert em qualquer assunto. Você se torna um ser de tanta sapiência que é impossível não querer exibi-la para todo mundo, então qualquer pessoa que te der ouvidos será instantaneamente convertida numa testemunha do quanto você é sábio. Nesta etapa você estará sempre certo, e a pobre pessoa com quem você conversar estará sempre errada. Você será capaz de conversar durante horas sobre o mesmo assunto só para convencer a pessoa de que você está certo e ela não. O mais interessante acontece quanto a outra pessoa estiver no mesmo estado que você, ou seja, se achará um expert também. Aí você tem duas pessoas conversando -ou melhor, discutindo- um assunto sobre o qual nenhum dos dois sabe absolutamente nada, mas ambas convencidas que sabem e ainda se julgando autoridades no assunto. Normalmente a cena se torna uma ótima diversão para aqueles que têm a oportunidade de assistir tal “conversa”.

Etapa 2 - O Lindão
É quando você se convence de que é a pessoa mais atraente de todo o recinto. E se convence também de que todas as mulheres estarão olhando para você. Você começa a piscar para mulheres que você nunca viu antes e as chama para dançar porque obviamente elas estavam te olhando a noite inteira e porque você dança extraordinariamente bem. Você é o centro das atenções, e todos os olhos estão voltados para você porque você é a coisa mais linda na face da Terra. Agora lembre-se de que você ainda é o sabe-tudo, portanto pode conversar com a mulher que estava te olhando sobre todo e qualquer assunto imaginável. Não basta a sua sabedoria indescritível, ela não irá resistir à sua beleza, o que faz com que você não tenha nenhum pudor em dizer pra ela todas as coisas que pretende fazer depois que ela inevitavelmente for pra cama com você, porque afinal, você é inteligente e lindão, enfim... um ser irresistível.

Etapa 3 - O Rico
É quando você subitamente se torna a pessoa mais rica do mundo. Você pode comprar bebida para todo mundo e colocar na sua conta, porque obviamente você tem um cartão de crédito cujo céu é o limite. Você também pode fazer apostas nesta etapa. Pois como você é o sabe-tudo, você ganhará qualquer aposta. E você não tem idéia de quanto dinheiro está apostando, porque você tem todo o dinheiro do mundo. Então você começa a comprar bebidas para todas as pessoas do lugar que estavam te olhando porque agora você é o cara mais sabido, mais lindão e charmoso e como se já não bastasse, mais rico daquela bosta de lugar!!!

Etapa 4 - O Indestrutível
Agora fudeu! Você pode arrumar briga com as pessoas que você estava apostando porque nada pode te machucar. Neste ponto você chamará o namorado da mulher que estava te olhando a noite inteira e o desafiará para uma aposta. Você se achará inclusive no direito de cantar e até de passar a mão na mulher desse cara, porque afinal, você é lindo e rico, e tem cabimento uma gata dessas estar perdendo tempo com um perdedor como ele, e não com você. Você não se preocupará se perder a aposta, porque você sabe tudo, tem todo o dinheiro para cobrir a aposta e obviamente ganhará a briga que acontecerá caso o namorado da mulher fique puto com você, o que certamente vai acontecer. Ah, ele é mestre de Jiu-Jitsu, Krav-Magá ou alguma arte marcial qualquer? Não importa, você é o indestrutível e bate nele fácil, fácil.

Etapa 5 - O Invisível
É a etapa final da bebedeira. Neste ponto você pode fazer absolutamente qualquer coisa porque ninguém pode te ver. Você pode dançar em cima da mesa para impressionar as pessoas que estavam te olhando a noite inteira, porque o resto das pessoas não pode te ver. Você também está invisível para o namorado daquela mulher, aquele com quem você brigou minutos antes. Você pode caminhar pelas ruas cantando no maior volume possível (porque é claro, você ainda é o sabe-tudo e é perfeitamente afinado) e ninguém fará nada porque ninguém pode te ver. Toda a sua timidez se foi. Você pode fazer qualquer coisa porque ninguém saberá. E com certeza você não se lembrará.

8 de junho de 2008

Falemos de Tété

Outro músico novo que eu achei fuçando nas latas aí pelo mundo afora... É um músico radicado na frança, nascido em Dakar, no Senegal. Negro, filho de pai senegalês e mãe das Antilhas Francesas. Após o divórcio dos pais foi morar com a mãe no nordeste da França, e lá começou a se dedicar à música na adolescência. Cresceu ouvindo variadas vertentes do Rock, do Pop e do R&B tanto francês quanto americano, influências que ficam claras em sua música hoje. Após ter formado com amigos diversas pequenas bandas como muitos outros jovens músicos, mudou-se do nordeste da França para Paris em 1998 onde tocou em diversos clubes e bares. Logo seu som chamou atenção dos olheiros da indústria musical e em 2001 lançou seu álbum de estréia, L'Air de Rien. O resto é história. Já bastante conhecido na França, Tété é muito pouco ou quase nada conhecido em países de língua não-francesa, o que não impede a quem não conhece o idioma de apreciar sua música, dada à qualidade que eu chamaria de "internacional" tanto de sua harmonia quanto do estilo de suas composições.

Vou deixar dois dos meus clipes preferidos pra quem quiser dar uma conferida:

Mon Tresor:



Fils de Cham:

18 de maio de 2008

O Retorno de Uma Velha Paixão...

Pouco tempo atrás, reencontrei uma velha paixão. Ela tinha ficado emprestada com a minha ex-mulher pós separação e repousava tranquilamente na estante de livros do quarto da minha cunhada. Não, não vou começar um relato louco de amores impossíveis e entrelaçados. Era o meu amado exemplar de Alta Fidelidade, de Nick Hornby.

Começou assim: primeiro eu vi o filme. Foi, ao lado de "Pontes de Madison" um dos meus top 5 (bem estilo Alta Fidelidade) da lista de Filmes românticos que eu na qualidade de homem, consigo ver sem subir a taxa de glicose no sangue. Engana-se quem pensa que homem normalmente não gosta de romance. A gente gosta. Só que preferimos ver sentimento, e não sentimentalidade. Um dia eu volto pra explicar. Mas o fato é que cheguei a pensar que meu livro, que comprei após ter assistido o filme, (e que achei maravilhosamente complementar ao mesmo) estaria perdido pra sempre. Que prazer em reencontrá-lo, vivo, bem, inteiro.

Poucas vezes eu me deparei com essa situação... um livro e um filme sobre esse livro, ao invés de gerar comparações de quem é pior, quem é melhor, me fazem gostar mais e mais um do outro. Seja pelo filme ser uma adaptação honestíssima, com excelentes atuações e uma atmosfera que traduz perfeitamente o climão do livro, e um texto adaptado quase à perfeição... E o livro, que tem todo o caráter de original, obrigatório (até porque se passa em Londres, enquanto o filme se passa em Chicago). Se não ler não tem como saber. Mas em suma, li com prazer em coisa de uma semana, na ida pro trabalho e antes de ir dormir.

E como tinha gravado recentemente uma cópia do filme, e as imagens estavam frescas na mente, foi puro prazer em ler e em lembrar.




Já que estou falando de Top 5, eis a lista dos "Filmes de Romance sem Restrição pra Homens":

1- As Pontes de Madison .
Correto, sem excessos, tristeza na medida certa, felicidade na medida certa, cria questionamentos sem ser questionador, tem Meryl Streep e o meu grande chapa Clint Eastwood prova que pode fazer o que quiser, como quiser, e na hora que quiser. Até um romance, contracenando com a Meryl. O cara é phodda.

2- Alta Fidelidade .
Uma excelente adaptação literária

3-Drácula de Bram Stoker .
Me convençam de que aquilo ali não é uma história de amor e das boas.

4-Hitch .
Apesar de ser pipoca ao extremo, merece entrar na lista porque se salvam algumas pérolas escondidas na roupagem descartável.

5-Despedida em Las Vegas .
Mesmo caso do Drácula. Me convençam que não é uma história de amor. Ah, e a Elisabeth Shue captura tanto a atenção que a gente esquece completamente a cara de panaca do Nicolas Cage.

17 de maio de 2008

Back in Business

Esse está sendo um ano interessante. Quase sem perceber, voltei a ilustrar. Desde ano passado eu já vinha retornando, mas estava pegando o jeito, aprendendo a mexer com o equipamento novo que passei a usar, essas coisas. Só que isso tudo foi sem pretensão ainda, até porque nunca achei meu traço lá muito "comercial". E tava explorando o que dava e o que não dava pra fazer, as ferramentas que eu gostaria mais de usar, etc.

Pouco tempo atrás veio através de um ex colega de faculdade que tinha agitado um freela pra mim séculos atrás e que deu bastante certo na época, um convite pra fazer outro. Eu achei um trabalho que "dava pra mim", fiz os esboços, apresentei pro responsável pelo projeto, com quem tivemos uma reunião, o cara gostou, e pronto... Voltei ao mundo de "desenhar pra fora".

Outra coisa que me fez lembrar das mudanças desse ano é que comecei a meditar. Demorei anos para resolver fazer. Nunca quis seguir doutrinas de outros, passei eras e eras lendo sobre gente que faz isso, cada qual do seu jeito, e tudo mais. Não quis descobrir um santo pra cobrir outro, se é que dá pra me entender. Daí, pouco tempo atrás, achei um método legal, sem nenhuma papagaiada pseudo new-age e comecei a praticar. Ainda estou um pato danado, sei que é difícil, que exige prática, mas mesmo do alto da minha inexperiência, tá sendo legal. Já dá pra sentir diferença. O interessante é que não é uma diferença do tipo "depois que comecei a fazer exercício estou com x quilos a menos"... é algo muito mais sutil. Sinto-a quando eu consigo ficar mais calmo e por mais tempo do que conseguia antes, o que não é grande coisa, porque nunca fui um cara nervosinho... aliás, uma das poucas coisas que me deixam nervoso é gente nervosa. Paradoxal, não? Sinto também às vezes uma certa diminuição da maldita preguiça que sempre me assolou... isso está sendo bom pacas. Não que ela tenha sido removida de todo, mas tenho conseguido me mover em direção às coisas que tem que ser feitas (pelo menos as que tenho mais vontade de fazer) com mais facilidade que antes. É engraçado. Tá exigindo bem menos esforço.

E, de uns tempos pra cá também, resolvi parar de reclamar que não conheço quase ninguém do lado de cá da poça, e comecei a procurar amizades por aqui. Deixo registrado que meu sonho de consumo é ter um grupo de pessoas que morem perto ou sejam acessíveis o suficiente para poder tomar um chopp num bar perto de onde moro. Sim, porque acho um pecado ter um monte de barzinho legal em volta de onde eu moro, todos a uma caminhada de distância, e não ter uma turma com disposição pra molhar a palavra de vez em quando.

Não é que eu não conheça ninguém aqui. Mas sinceramente, as amizades daqui de quem eu gostava mais, eram 2 casais da época que eu era casado, e que parecem que gostavam mais de mim naquela época também. Depois que voltei ao clube dos solteiros, provavelmente fiquei proscrito pra eles. Eles até são bem-intencionados, não deixam de mandar emails, e tudo. Uma vez ou outra até acenam com a possibilidade de marcar um chopp, só que demoram mais de 1 ano pra marcar um, e quando marcam é um fim-de-semana em que eu estou viajando. Sem contar os milhares de chopps cancelados por causa de casamentos ou festas de aniversário de criança. Esses eu prefiro nem lembrar. Dramático. Portanto, por mais que eu os ache pessoas legais, digamos que eu me dei conta que tem gente que não faz a menor questão de estar com a gente. Quando a gente quer a gente procura, certo? Ou pelo menos tenta. Então, eu quero eu vou procurar.

Me inscrevi numa comunidade de gente daqui. Estou aparecendo aos poucos. Já soube que eles marcam um chopp costumeiro, quando eu tiver mais visibilidade vou aparecer por lá. Por enquanto é isso.

8 de maio de 2008

Like in a Gipsy Wedding


Hoje eu quero falar do Fanfare. Graças ao meu nobre colega Richard "Scribbled", que gosta de ouvir e assistir coisas tão diferentes e loucas quanto eu, só que as coisas diferentes e loucas que ele gosta são totalmente diferentes das minhas, só são igualmente loucas. No decorrer do ano fui apresentado a essa banda, acabei baixando umas músicas deles, observando com atenção, assisti até o documentário. E eu falo com propriedade: os caras são uma banda mesmo. Não banda do tipo banda de rock não. Os caras são uma banda de metais mesmo, daquelas com trumpetes tubas, trombones, e tudo mais que um bom casamento cigano tem direito.

Como assim, perguntaria um desavisado qualquer. O que tem a ver casamento cigano com isso? Bom é o seguinte. Fanfare Ciocărlia é uma banda cigana da Romênia. Na verdade, são uma banda de uma aldeia cigana ( Zece Prăjini, cerca de 400 habitantes, pra ser mais exato) escondida na Romênia. Os caras foram descobertos por um produtor alemão (que virou empresário e projetou a banda daí pra diante), no meio do nada, nesse vilarejo esquecido num canto do nordeste da Romênia que nem no mapa está listado. Pra descer na aldeia você tem que SABER onde é, porque nem placa tem. A impressão que dá é que o trem passa, desacelera e mal pára. Você teria que pular dele em movimento pra chegar lá.

Bom, encerrado o momento wikipédia, a questão é que o som dos caras é contagiante. Tem aquela coisa incerta de música misturada, lembra um pouco música árabe, mas os caras acabam dando umas tintas pop, por conta de umas versões que fazem (com a leitura deles, é bom adiantar) de músicas bem conhecidas do povo do lado de cá, como o tema do 007, por exemplo.

De qualquer forma, nem vou botar link pra vídeo deles aqui nem nada. Se quiser vá lá no Youtube e fuça. A surpresa vai ser até maior.

Recomendo: "Iag Bari" "Dusty Road" e "Asphalt Tango", valendo a pena também dar uma olhada nas versões hilárias e quase irreconhecíveis que eles fizeram pro tema do 007 e pra "Born to be Wild"

Se alguém se habilitar, depois volta e me conta!

5 de maio de 2008

Ódio no sopé de Big Horse Hill

Vou ser curto e grosso. Se possível fosse, como uma calibre .12 com o cano serrado... mas como não é, só curto e grosso mesmo. Depois de um ano, um namoro começado e terminado e não problematizado ao extremo, eis que a morta-viva mais insistente do país volta a fazer o que sabe fazer melhor... Voltar da tumba pra encher o meu saco.

Eu sei que a morta-viva tinha essa coisa com datas e recordações, já era assim no período em que estive sob a maldita influência de sua pessoa. Mas passou o ano passado, cada vez menos eu tinha notícias, a minha política de não atender telefones e desligar na cara vinha funcionando bem. Eu já me sentia tranquilo o suficiente e lá por por setembro eu iniciei um relacionamento com uma moça legal. Um namoro normal, tranquilo, leve e por ser a distância, com todo o cuidado de não criarem-se estresses desnecessários. E a coisa tava indo bem à beça. Tudo parecia correr bem. A mão maldita não estava aparecendo na terra da cova, e me permiti esquecer um pouco do assunto.

Mas eu não sabia que o bicho dos infernos mantinha uma vigilância atenta. Se milagrosamente ela estava respeitando o fato de eu estar envolvido com outra pessoa, não deixava de acompanhar a novela, fazendo visitas a perfis de orkut e coisas do tipo. Mas ainda assim, eu curtia minha paz. Bem, vira o ano, chega o mês de março e como muitos relacionamentos, houve um momento em que se repensou e resolvemos terminar, eu e a moça legal. Como era uma relação normal, e respeitosa, apesar de logicamente, nenhum término é 100%, pelo menos consegui fazer com que fosse algo o menos sofrido possível. E continuamos amigos, apesar do espaço óbvio que tem que ser dado pra que se curta o luto de cada um. Mas independente disso, continuou ela sendo alguém que tenho em alta conta, de verdade.

Mas bastou passar um pouco de tempo, chegou abril, chegou a época em que fazia 1 ano que eu cortei a cabeça da Hidra, e eis que o fedor que vem dos lados do pântano anuncia sua volta. Eis que pinta um telefonema, e eis que eu me pego sentindo coisas como desprezo, uma profunda insatisfação com o quanto às vezes o universo é injusto em não punir gente que faz o que ela faz, e uma grande sensação de perda de tempo. É triste pensar que alguém consegue perder um ano da sua vida dedicada a uma obsessão, uma doença. É mais chato ainda pensar que eu é que sou objeto dessa obsessão idiota e que não dá sinais de diminuir, ao contrário do que eu pensava.

E o pior de tudo, me causa um repúdio monstruoso saber que essa pessoa tão suja, tão pequena, é capaz de me atingir muito mais incomodando às pessoas de quem eu gosto, meus amigos, amores, parentes... Pessoas que não têm nada a ver com a merda que eu um dia fui fazer ao me envolver com ela. E que hoje são incomodadas e correm o risco de serem ofendidas por esse monstro que eu trouxe a essa realidade.

No fim, me resta perguntar apenas, alguém tem uma carreta de 24 rodas pra me emprestar? Devolvo logo, só que um pouco suja... mas nada que um lava jato e um pouco de água benta não limpe.

Pintando o Sete, e a saga vai chegando ao fim...

Na última vez em que pisei nesse beco, prometi que iria terminar a história da pintura do cafofo, e hoje, já de cafofo pintado, venho pra cumprir esse compromisso, mesmo que ninguém mais queira saber (ou se lembre) do que é que eu estou falando.

Bom, pra resumir o treco todo, foi feita a obra de reparo no apê, e quando eu contei pra D. Lesma que iria descontar a mulher começou a chiar. Acho que já disse isso antes, mas eu pago muito barato e ela me dá muita moleza no aluguel do apê, então tive que usar e abusar da minha diplomacia canina, pra não ficar sem teto de vez. Tive que abanar o rabinho e rolar no chão mesmo quando minha vontade era de voar no pescoço da desgraçada. Mas já andaram dizendo por aí que a verdadeira sabedoria é pensar numa coisa bem idiota pra se dizer e não dizê-la, foi exatamente o que eu fiz. Refreei meus instintos primitivos e fiz o famoso olhar de cachorro sem dono.

Chorei minhas pitangas de sempre, reclamei da minha falta de dinheiro constante, e disse pra ela que poderia descontar os valores em suaves prestações mensais para que o desconto não causasse um desfalque muito grande no aluguel que pinga lá pra ela todo mês. Não é que a danada aceitou? Pois é. Foi só eu fazer cara de cachorrinho bonitinho que ela se abriu que nem um pàra-quedas. Não é lindo? Consegue-se o que quer e nem precisa-se arreganhar os dentes... (Bom, talvez um pouco, mas pra rir, né?)

Daí, esperei passar o mês, marquei com o pintor e pronto. No mês depois ele veio, fez a pintura e o cafofo ficou biíto. Não vou passar meu tempo aqui dizendo o quanto ficou sujo, bagunçado, virado de pernas pro ar, até por que isso aqui é casa de solteiro, então isso tudo que eu falei aí é o estado normal das coisas... (Pô fora de brincadeira... agora falando sério... Já ouvi tantas histórias sobre casa de solteiro que me recuso a acreditar que a minha seja tão ruim assim...)

E segue a vida. Agora, espero o momento do ajuste final: Chamar D. Lesma pra vir ver a pintura.
Não sei porque, mas estou um pouco apreensivo. Vai que ela bota algum defeito... Ou não vai com a cara da cor que eu pus na parede... Foi mais ou menos essa aqui... :◙◙◙. Um laranja com bastsante branco. Ficou um bege meio amarelado, sei lá. Na lata tava escrito "mel" mas eu achei um nome muito "designer de interiores pra não dizer decorador"... Fresco demais. Preferi chamar de bege mesmo e pronto. O importante é que ficou legal. Não ficou escuro demais e fez um bom contraste com o teto branco.

É isso. Voltamos no próximo capítulo.

16 de março de 2008

Ken Lee

Esqueçam os cantores de churrascaria. Esqueçam o embromation. Esqueçam a Sol do BBB. Nada se compara à candidata que foi cantar uma música da Maraia Quéri no programa equivalente ao American Idol, só que da Bulgária.

Impagável... Enjoy!

2 de março de 2008

Bom Comercial

Esse vídeo me lembrou do tempo em que eu frequentava assiduamente Camboinhas. E via aquele povo (podia seguir e olhar a placa do carro: 98% de chance de não ser de Niterói) que vinha com família, cachorro e churrasqueira, levantar da areia e deixar lixo na praia... Algumas vezes a gente chegava a recolher o nosso e o deles, por pura pena de sujar aquilo lá.

Há anos que não vou lá. Já me disseram que não está tão mais limpo quanto na época em que eu ia. Também pudera... aposto que vai muito mais gente que não recolhe lixo do que quem recolhe. Não basta emporcalhar as próprias praias, aí vão emporcalhar as dos vizinhos.

1 de março de 2008

Dois Focinhos... a nova novela das 8... Parte Três.

No último capítulo, ficou fechado um parceiro que iria vir fazer o trabalho de reparo pré-pintura em 2 fins-de-semana por um preço razoável. Persignado com a merda que seria ficar 2 FDS's sem sair do cafofo, convivendo com poeira e com tudo fora do lugar,pus uma roupa velha e me preparei pra ajudar no que fosse necessário... No primeiro FDS a coisa correu de forma tranquila, apenas foi necessário mais quebração em uma parte da casa do que o esperado em função da infiltração mesmo (eu não falei, D. Lesma?).

O pior é a bagunça na casa, e nem adiantava querer arrumar alguma coisa no espaço de um FDS pro outro, porque no outro sábado ia ser a mesma coisa de novo. Resultado, só um pano besta passado no chão e 5 dias entrando em casa sem olhar pros lados.

No outro FDS, eu fotografei o andamento da obra, liguei pra D.Lesma pra avisar que mandaria as fotos. E pra avisar que descontaria o valor da obra de reparo. Pânico. Surpresa. Ranger de dentes. A desgraçada não só quica que nem uma bola como ainda me joga na cara que eu moro no cafofo há um tempão, sem contrato de imobiliária, sem aumentar meu aluguel, etc.

(pausa pra respirar, calma, VL... vc é um bastardo de sangue frio e mente calculista!)

Usando de toda a diplomacia que papai do céu me deu, consegui entortar toda a conversa, dei mais voltas que o carrinho de batida do Campo de São Bento e desfiei meu rosário de pagador assíduo, apesar de não pontual, expliquei que se não estivesse em um momento de penúria financeira jamais consideraria descontar tal bagatela, me mostrei preocupado com a saúde da esposa do Sr. Enrolado, que está fragilizado nesse momento e não deveria ser incomodado com assuntos mundanos tais como a infiltração que há mais de 10 anos assola o telhado do prédio... Bom pra encurtar a história... no fim das contas eu vou descontar de qualquer jeito, em suaves prestações mensais pra não ficar pesado pra ela. Mas vou descontar.

Acabei o telefonema com ela toda contente com minha atenção ao assunto e eu cansado de tantas voltas que tive que dar. Mas confirmei o dito popular de um conhecido meu, parceiro de velha data " Mulher gosta mesmo é de ouvir história"... Foi eu entregar a trolha sem anestesia que a criatura chiou mais que chaleira no fogo... Aí eu volto, sento, respiro, conto uma história triste com contornos dramáticos e a mané fica toda convencida de que eu sou um santinho? Fala sério... não gosta de ouvir verdade, né? Bom, então tá, vai o que a freguesa pedir.

Seguiu a obra, o parceiro terminou. Agora o apê tá pronto pra receber a pintura. Estou pesquisando que cor vou botar na parede, porque se vou pintar que seja pra ficar diferente. Esse areia atual tá me deixando doente. Até agora, to pretendendo mandar um amarelo bem presente mesmo. Acho que essa cor vai estimular a intelectualidade, dar boas idéias e melhorar minha imaginação na hora de enrolar a D. Lesma de novo... Teto branco, portas, rodapé e sanca brancos, e paredes amarelas. Acho que tá bom.

Agora é esperar o mês virar e arrumar uma loja de tintas que cobre um bom preço e parcele no cartão sem juros.

(Ô início de ano!)

25 de fevereiro de 2008

Plantão Vira-Latas Informa.

Ontem terminou a obra de reparo do apê. Agora é correr atrás de preço de tinta e materiais associados para fazer a pintura. Ainda estou devendo o próximo capítulo da novela. Em breve, crianças... em breve.

(Quanto será a prestação de uma casinha-de-cachorro própria?)

20 de fevereiro de 2008

Que Manchetezinha mais FDP!


declaro para os devidos fins que estou surpreso. Tudo bem que o Extra é um sub-jornal, o primeiro aqui no RJ a pegar a onda dos "jornais de pobre", aquele fenômeno que trouxe uma linguagem mais fácil para as páginas dos jornais, não para atingir mais pessoas, mas sim porque o povão está ficando mais burro mesmo.

Mas em matéria de filhadaputagem, sarcasmo e trocadilho infame, eu confesso que nem eu pensei em fazer a correlação. Só faltou uma caricatura do bom velhinho Fidel gorfando... Essa eu não perdoarei jamais!

Enquanto isso, não vejo a hora de abrirem as porteiras lá em Cubanacan, o país com o maior índice de prostitutas com diploma de nível superior do planeta (apesar de que se a taxa daqui continuar subindo, o Rio de Janeiro em breve vai estar ameaçando essa posição... e viva as mocinhas da PUC, Estácio e Veiga de Almeida).

18 de fevereiro de 2008

Dois Focinhos... a nova novela das 8... Parte Dois.

Convencido de que jamais encontraria um apê pelo mesmo preço, no mesmo bairro, sem contrato com imobiliária, sem fiador e pagando duzentas pratas abaixo do preço de mercado, nosso herói resolve partir pra estratégia de guerra.

Sim, estratégia de guerra. Isso porque depois de um mês de dezembro com movimento fraco na firma, o din din do início de janeiro não deu nem pro cheiro. Contas de luz alta, de telefone surreal, cartão de crédito sobrecarregado, tudo parecia conspirar para a falência. E D. Lesma me exige obra no apê. O-bra. É, porque se não ficou bem explicado, o apê sofre um problema crônico de infiltração. Isso porque o Sr. Enrolado (o síndico, lembram?) tenta resolver esse problema há anos, mas sempre chama os mesmos pés-rapados pra consertar sempre no mesmo lugar e nunca dá certo.

Daí que o VL que vos escreve tem que fazer jus a seu codinome. Claro, pois se minha vida fosse fácil eu não seria o Vira-Latas que todos amam, e sim um Poodle, um Yorkshire ou um Cocker Spaniel... Vira-Latas que é Vira-Latas mesmo tem que ter dificuldade, senão nem tem graça. Passo o mês todo economizando, não gastando, evitando ao máximo qualquer gasto pra diminuir o impacto no mês seguinte. Carnaval? Esquece. Viajar? Nem pensar. Almoço? Marmita todo dia pra não gastar comendo na rua. E tome de dieta de miojo com sardinha em lata. Tá bom, não é tão ruim, eu sei fazer outras coisas que não são miojo, um arroz competente até sai, uma carne à chinesa vez ou outra... Mas convenhamos. Quando se chega tarde do trabalho, sem saco nenhum de fazer estripulias gastronômicas, os míseros 3 minutos de preparo descritos naquela embalagem são uma sedução e tanto.

Segue o mês, o VL começa a correr preço. Tenta ligar pro cara que fez o último trabalho de pintura, e adivinhem... Já tem tanto tempo que o telefone do sujeito mudou. Aí começa o networking de pobre. E tome de perguntar pra vizinhos se conhecem alguém, etecétera e tal. Numa ida à loja de ferragens, resolvo perguntar se o dono da loja tem um contato. Por acaso no balcão tinha um maluco que era pintor, aceita dar uma passada no apê pra orçar o serviço. Concluo que o cara deve estar acostumado a trabalhar pra elite, pelo preço que ele me cobra. Mas fico na encolha porque pelo menos ele teve a boa vontade de olhar o apê todo e dar dicas de coisas que precisavam ser feitas que eu nem sabia. E ainda me dá a listagem de todo o material necessário, o que vai quebrar um galhão na hora de orçar. E é nessa visita do prestativo porém careiro que me vêm a idéia que pode salvar meu pêlo, e meu bolso também:

Lembro-me que D.Lesma fez TANTA questão da pintura, que esqueceu de avaliar o quanto o apê estava comprometido pela infiltração. Lembrei que ela fez TANTA questão da pintura e de que eu pagasse por ela, que nem tocou no assunto de precisar-se fazer algum conserto no apê. Aí que o amigo aqui teve o insight de simplesmente fazer o reparo e a pintura em separado, mas subfaturar a pintura e superfaturar o reparo. A pintura, o VL paga... mas o reparo, ah... o reparo, a Sra. vai me desculpar D. Lesma, mas essa trolha quem vai agasalhar é vossa senhoria!

Na semana seguinte, vieram mais 2 pedreiros, aí eu já estava preparado pra dividir o serviço em 2 etapas. Orçamos o reparo e a pintura em separado. Meu chefe falou que se o cara que fosse fazer o serviço fosse peão demais ele arrumava um jeito de produzir uma nota assinada pelo servente lá do prédio dele. Aí eu ficaria calçado e com comprovante. Pedi pra me orçarem o valor do reparo, 100% de reparo, deixando o apê prontíssimo pra vir só com tinta depois. De forma que até eu que nunca pintei um apê pudesse fazer o serviço, se necessário.

O segundo cara orçou um preço bom e tinha disponibilidade de fazer no final de semana, aí fechei com ele. Vantagens foram que o cara é bem recomendado, mora perto, e não cobrou acima do que eu esperava pagar. Marquei pro final de semana depois do carnaval. No sábado, o cara chegou e demos início aos trabalhos.



No próximo capítulo, o andamento da obra, e os planos maquiavélicos pra não gastar quase din din nenhum...

16 de fevereiro de 2008

Dois Focinhos... a nova novela das 8... Parte Um.




Como eu prometi, explicarei a novela do apê. Será necessário, porque houveram reviravoltas na trama. O VL é duro na queda, não se dá por vencido e acaba inventando um jeito de fugir da carrocinha. Pra que a história toda fique bem clara, vou ter que começar explicando:

Onde:
Apartamento do VL

Quando:

Início de 2008

Quem:

• VL, o ilustre morador que vos fala...
• D. Lesma, proprietária e "bruxa do 71" de plantão.
• Participação especial de Seu Enrolado, o síndico.

Como e Porquê:
Ah, agora é que a coisa fica boa. Estava o VL na paz de seu lar quando um belo dia aparece D. Lesma pra fazer uma visita. Soube ela que andaram sendo feitas obras no prédio, devido a um problema de infiltração e que há anos não era resolvido, por conta da teimosia do síndico, o Sr. Enrolado, que insistia em chamar pedreiros meia-boca pra fazer paliativos no telhado que de nada adiantavam. No dia da visita de D. Lesma, o VL que vos fala fez um tour com ela pelo cafofo pra poder mostrar todos os problemas acarretados pela maldita infiltração. Participei a ela da minha esperança de que o último conserto tivesse dado resultado, pois só assim valeria a pena finalmente reparar o cafofo e pintar depois. Aparentemente tudo tinha ficado entendido.

Semanas depois... (como nas novelas do Man-uergh Carlos)

Um belo dia sou interrompido ao celular no meio de uma reunião de trabalho, na qual acabei esquecendo o celular ligado ... um a zero pro Murphy. Aviso que estou no trabalho e peço à criatura pra que me retorne à noite (tenho certeza absoluta que era exatamente naquele periodozinho simpático do mês, conhecido por uma abreviatura de 3 letras), enfim, chega a noite, toca o telefone e D. Lesma já chega atropelando, querendo porque querendo que eu pintasse o apê. Eu falo da infiltração, da época das chuvas, de ter que esperar pra ver se o último conserto foi efetivo, e coisa e tal. Mas a mulher está possuída, irredutível, dá um siricotico e me EXIGE o apê pintado em um mês. Eu argumento, tento trazer a conversa à luz da razão, do prejuízo financeiro de se pintar um local infiltrado, etecétera e etecétera. Quando a minha paciência chega na reserva, eu utilizo do último esforço consciente e em vez de ignorância prefiro usar de ironia, e a chamo metafórica e figuradamente de burra umas 5 vezes mas é evidente que o intelecto dela não consegue perceber nenhuma das vezes. O que não faz diferença, porque nessa altura eu já estava com o modo foda-se no ON.

Desliguei o telefone puto, mais com a burrice alheia do que com a grana ingastável naquele momento que eu teria que gastar, mas racional que sou, levantei as características do problema e pus as engrenagens pra funcionar. Em primeiro lugar, eu não podia deixar D. Lesma muito infeliz, pois o fato de ela morar em outra cidade e ser uma lesma é o que me permitiu viver no apê por bastante tempo sem pentelhações. E o que é mais importante, pagando um aluguel pelo menos duzentas pratas abaixo do preço de mercado. Isso é o que eu tinha que preservar a priori, e bater de frente com D. Lesma nesse momento poderia colocar isso em risco.

Com as engrenagens à toda comecei a traçar uma estratégia pra fazer o necessário e sobreviver nessa guerra. No próximo capítulo, os preparativos, a diplomacia e o começo dos trabalhos.

28 de janeiro de 2008

Quem Pinta Como Eu Pinto?


Procurei na minha agenda telefônica os contatos dos dois pintores de parede que eu tinha. Inclusive, um deles era especializado em serviços rápidos. Acaba que nenhum dos dois contatos eram válidos, telefones mudaram, aquela coisa. Um dá fora de área, outro diz que o número não existe, um fim-de-semana inteiro tentando.

Enquanto eu continuo tentando descobrir se a D. Lesma é só uma criatura incomparavelmente burra, ou se é uma tapada que se faz de besta achando que eu acredito nas maluquices que ela inventa, eu continuo na procura.

Se alguém aí tiver o contato de algum pintor de paredes que trabalhe rápido, o VL aqui agradece se puderem me passar. Pode ser por comentário mesmo (taí, acho que inventei a melhor desculpa já vista na blogosfera pra pedir um comentário num blog).

Ah, antes que eu me esqueça... em breve eu conto mais da D. Lesma. É que eu tenho que priorizar a procura pelo pintor. Mas o que é dela tá guardado. Em breve a história dela virá à tona, igualzinho aos Objetos Flutuantes Não Identificados que aparecem nadando graciosamente no canal do Mangue, ali perdo da Rodoviária Novo Rio em dias de muito calor. Deixa ela comigo.

25 de janeiro de 2008

O ataque de Dona Lesma


Tem dias que são estranhos por si só. Eu nunca fui místico daquele tipo chato esotérico, pentelho new age ou algo que o valha. Apesar de eu gostar de astrologia muitas vezes eu tive que explicar que me agrada muito mais a análise dos arquétipos do que ficar perdido no meio de trânsitos de mapas astrais... Não que o estudo não tenha lá seu valor, mas geminianamente, eu prefiro ir depressa ao que interessa.

O caso é que hoje é um daqueles dias em que a energia está estranha e louca. A sensação clara de mudança de corrente elétrica no mundo lá fora. Talvez eu tivesse que aprender a mexer com isso, interpretar, mas no fundo no fundo, eu acho que tem tanta gente no mundo que ACHA que sabe, tanta gente que dá milhões de explicações pra coisas que são uma só, e cada uma delas querendo que a sua coisa seja mais certa que a do outro, que eu fico de saco cheio. Acabo tentando me autodidatizar. Tudo bem que eu, geminianamente deixo sempre o processo pelo meio, tendo que retomar muuuuuito depois, mas até aí, mãe diná é morta.

O caso é que já não bastasse um recente ataque de pindaíba (pra que eu não esqueça que a vida de VL é dura, feia, e... aquilo tudo que tá escrito lá em cima, quem ler vai saber)... ainda vêm o telefonema da dona do meu apê, aquela criatura estranha... querendo que eu pinte o negócio de qualquer maneira. Cara, que louco isso. Me lembrou de algumas brigas desagradáveis que já tive com algumas ex-namoradas. Aquela sensação de que se está falando duas línguas diferentes... só porque um quer uma coisa e o outro quer outra.

ODEIO a sensação de que "alguém tem que ceder"... Até por que eu sempre fui boa praça e ge
ntil o suficiente pra fazer algo pela outra pessoa, de boa vontade. Mas essa dona me fez chegar a centímetros de perder a paciência, chamá-la de idiota e mandá-la introduzir o apê no ânus. A mulher quer que eu pinte o apê com o telhado do prédio gerando uma infiltração de deixar aqueles casarões velhos de Cuba com inveja. Eu falei pra ela que é perda de dinheiro fazer isso, melhor esperar consertarem o telhado, etc... A criatura, do alto da esquisitice sombria que lhe é característica disse que independente da infiltração, quer que se pinte o apê.

Independente da infiltração????????????????????????

Dona Lesma, 1 palavra pra você:

APAPUTAQUEPARIU.

Finalizando, acho que a mudança de energia que eu percebi e comentei lá no início do post foi a raiva que emana do meu espírito toda vez que me vejo de certa forma levado a fazer algo que não quero por não considerar correto, ou inteligente, ou válido. Digo isso porque vou dar um jeito de no mês de fevereiro que chega, pintar a porra do apê.

Os porquês dessa decisão e uma descrição mais detalhada de D. Lesma, serão vistos aqui neste mesmo blog-canal.

22 de janeiro de 2008

Fã de Batata Frita morre de Cirrose aos 20 anos.

Comentário do Vira-Latas que vos escreve, ao ler essa notícia no jornal que estava na lata de lixo em que fuçava:

"Tinha mais é que morrer mesmo, o filhodaputa!!! Tem gente que só formatando o HD e instalando tudo de novo mesmo!"

Leia a Notícia e entenda o porquê da revolta do Vira-Latas

17 de janeiro de 2008

Remind Me do Royksopp

Sorry, fellas.

Fase ruim pra escrever. Vim hoje só pra colocar um clipe que eu acho fantástico. A música é de uma banda que eu nem conhecia, colega meu do trabalho que me apresentou, mas o clipe, a animação, é fantástica. Confiram.

16 de janeiro de 2008

Num show do U2 em Portugal...


Em um concerto beneficente do U2 em Lisboa, num certo momento do show, a banda parou de tocar e Bono Vox pediu silêncio ao público. Quando se fez silêncio total e todos se entreolhavam com curiosidade em saber o motivo do pedido, eis que o vocalista começou a bater palmas ritmadamente. "Clap... Clap... Clap... Clap... Clap... Clap... Clap..."
Olhando para as pessoas, que continuavam em silêncio, ele disse aproximando-se do microfone:
- Eu quero que vocês pensem nisso. A cada batida de minhas mãos, uma criança morre de fome na África.
Então no meio da multidão, pôde-se ouvir claramente a voz de alguém que gritou:
- Então pára de bateire , ó filho da puta!!!!!!!

14 de janeiro de 2008

Medalha, medalha, medalha!

Nunca imaginei que um dia ia querer tanto uma coisa a ponto de postar ela aqui... Ainda mais que eu não sou um consumista inveterado... Mas quando alguma coisa vem revestida de uma carga de significado, bom... aí fica mais fácil de ceder à vontade de ter determinado objeto. O Vira-Latas que vos escreve tem essa paixão pelas T-Shirts auto-referentes, com trocadilhos infames e piadas pouco óbvias. Esse site vai parar nos meus favoritos.

Quem quiser me dar de presente (até parece!!!), pode escolher à vontade... Tem um monte de coisa legal por lá. E caso alguém não acredite que essa camisa existe... deixo o link aqui.

Au!

Como o Comunismo Protege os Animais


Em Cuba, um menino regressa da escola e chega a casa cansado e faminto, pergunta à mãe:
- Mamá, que há de comer?
- Nadie, mi hijo... - Responde a mãe, triste
O menino olha para o papagaio da família e pergunta:
- Mamá, porque no hacemos papagaio con arroz?
- Porque no hay arroz.
- E papagaio en el forno?
- No hay gás.
- E papagaio en la grelha eléctrica?
- No hay electricidade.
- E papagaio frito?
- No hay aceite...
Ao ouvir tudo isso, o papagaio, contentíssimo, gritava a plenos pulmões:
-VIVA FIDEL !... VIVA FIDEL !... VIVA LA REVOLUCIÓN!!!!!!

Duas loiras conversando...

- Ai, amigam... Me tira uma dúvida... eu posso tomar pílula com diarréia?
- Olha, fofa, poder pode, mas você não acha melhor tomar com água?

11 de janeiro de 2008

Só uma pergunta...


Já é Sexta????

8 de janeiro de 2008

Aí é Foda.


Não bastasse ter sonhado com um demônio com a cara do Jude Law (provavelmente reminiscência do excelente Círculo de Fogo, que consegui baixar recentemente e gravei pra assistir depois) comendo uma torta de minhocas e lesmas com cobertura de casca de ferida (e fazendo barulhos horríveis, mais perturbadores que os ingredientes da torta) na noite retrasada, na passada eu tenho um pesadelo com a Crazy Bitch. Esse último, daga-se de passagem, capaz de me incomodar mais que qualquer demônio, capeta, assombração, coisa-ruim, encosto, ou equivalente.

Depois da postagem de ontem, que conta os percalços que tão vindo por aí, já não basta o mundo material, até meu subconsciente vem me atropelar? Fala sério, parceiro. Se não for pra ajudar não atrapalha também não.

7 de janeiro de 2008

Ano Novo, Merda nova....



Início de ano, tudo bem tudo bom, o Vira-Latas cheio de disposição pra fazer e acontecer, coisa e tal... Aí vem a primeira notícia se não ruim, pelo menos preocupante do ano. Mas vida de VL é assim, não pode ser fácil se não perde a graça e 2008 vai mostrando que não é porque o ano é novo que aquilo que tem escrito lá em cima na descrição do blog (sobre a vida ser dura, feia, e... ah! Lê lá, porra!) é a mais pura verdade, e não tá ali à toa.

Uma das funcionárias do escritório recebeu uma oferta pra sair, e ao que parece, bem gordinha. A oferta, não a funcionária, antes que me acusem de maldizer os outros. Tipo, gordinha o suficiente pro Boss não ter condições de chegar junto (da proposta, não da funcionária). O pior da história toda é que de todos os funcionários esse era a que tinha a melhor bagagem profissional ali, do tipo, vai fazer uma certa falta. Aliás, uma falta certíssima, pelo menos num primeiro momento.

Adivinha pra quem sobrará? Bom, já fiz a parte que me compete nesse momento, me comprometi, me disponibilizei, e me preparei pro que vem pela frente... Desamarrar um monte de situações que estavam amarradas na mão da moça, e o que é pior, ter que deixar de lado o meu trabalho pra tentar suprir a falta dela enquanto não chega um replacement. O negócio vai ser segurar a tendência pessimista que o Boss anda, o que sinceramente, não ajuda porra nenhuma, pelo contrário.

Já vejo o clima de velório, já imagino os suspiros sofridos, a dificuldade em aceitar a situação, etc. Torço pra que passe rápido, o cara é até bom em superar crises, mas cara... Até a crise passar, quanto drama... Enquanto isso... aproveito meus últimos momentos de liberdade, porque se a tempestade que se anuncia vier mesmo, já imagino que sair cedo vai ser meu sonho de consumo por um bom tempo. Mesmo que consigamos um replacement bom, o que não é coisa muito fácil, até que a criatura esteja no esquema, ajustada à engrenagem, e tudo mais.

É... sebo nas canelas, pulguento. A correria vai começar, mais cedo do que o esperado.

Fui!

6 de janeiro de 2008

Pensamentos do Fundo do Latão


"Deves apreciar o afeto do amigo que corre o risco de provocar teu ódio ao chamar tua atenção para as tuas fraquezas e faltas; pois somos todos tão levianos que só percebemos qualidades em nós mesmos e só gostamos de ouvir elogios. Assim nossas imperfeições , vistas por todos, são por nós ignoradas e acompanham-nos até o fim da vida. E nove em dez, odiamos quem no-las revela, mesmo com a intenção de nos beneficiar."
(Walter Raleigh)

"A mentira roda meio mundo antes da verdade ter tido tempo de colocar as calças."
(Winston Churchill)

"Para que discutir com os homens que não se rendem às verdades mais evidentes? Não são homens, são pedras. Tenho um instinto para amar a verdade; mas é apenas um instinto."
(Voltaire)


"Sexo é hereditário. Se nossos pais não tivessem feito nós não estaríamos aqui." (Joseph Fischer)

Pensamentos do Fundo do Latão



"O Nirvana está em nós. O que mata é a culpa, a raiva, o maldito superego. "
(Léa Waider)

"Oscar Wilde dizia: "A gente sempre destrói aquilo que mais ama". E é verdade. A simples possibilidade de conseguir o que deseja faz com que a alma do homem comum se encha de culpa."

"Eis a palavra-chave: auto-conhecimento; à medida que nos conhecemos verdadeira e profundamente. nós nos tornamos mais e mais indulgentes, pacientes e compreensivos para com o próximo, exatamente aqueles que julgávamos (erroneamente) responsáveis pela nossa infelicidade."

"O apaixonado nunca é feliz; a felicidade é o preço da audácia."
(Lope de Vega)

Atitude de Cu é Rola


Um dia, estava eu andando pelas ruas de Copacabana. Olhando as lojas, desviando de camelôs e de meninos de rua, e pensando em parar em algum lugar pra lanchar. Tentei me desconcentrar da fauna do que se pode chamar de "maior zoológico humano a céu aberto em forma de bairro" da américa latina, dando uma olhada nas vitrines das lojas. Só que como é meio característico meu, acabei olhando mais as peças gráficas, e captando informações visuais do que propriamente vendo o que tinha pra vender nas lojas.

Por bem ou por mal, graças à repercussão internacional que o Brasil tem conseguido via Gisele Bündchen, sandálias Havaianas, moda, futebol e prostituição, (tudo isso misturado, não necessariamente nessa ordem) estamos recebendo de volta toda uma espécie de cultura visual do fashion. Acabei vendo toda uma tendência a integrar o que é fashion na vida cotidiana. De comida a celulares. Tudo tem que ter um certo "ar fashion".

Isso me faz lembrar de um conceito que sempre tentaram empurrar pra nossa sociedade, que eles tentam fazer ser tão consumista quanto a americana (e estão conseguindo, a pesar de ainda não termos chegado lá): o conceito de TER ATITUDE.

Cara, como eu odeio esse conceito. Não sei dizer, é uma coisa patológica. Me sugere ser vazio, mas parecer cheio, me sugere que é mais importante parecer que ser. Me sugere um monte de coisas, todas elas ruins. Lembro que uma vez, em uma revista aquela tal de Paris Hilton disse que não tem nada que cause mais interesse em uma pessoa do que aparecer em algum lugar com um riso misterioso do tipo "eu sei e vocês não sabem". Que todo seu sucesso está focado nesse macete. Cara, onde nós estamos? O que eu tenho a aprender com uma loira esquelética, milionária e dondoca, que fala uma coisa dessas como se isso fosse uma revelação de profeta?

Nunca fui de seguir modinha, isso nunca escondi de ninguém. Sempre fiz as coisas que eu gostava. Porque eu gostava. Sempre ouvi as músicas que eu cavava, sempre li o que eu descobria. Até hoje detesto ler livros hypeados. Aliás, detesto muita coisa que é hypeada.

Uma vez eu vi na TV uma reportagem sobre tatuagem, piercing, etc. Aí, me aparece uma garota dizendo que "tipo assim, cara... tatuagem e piercing é uma expressão da minha individualidade, sacou? Tipo, não quero ser igual a ninguém, quero ser eu mesma, então eu decoro meu corpo de acordo com o meu eu, e tal..." Beleza, pensei eu... Vai fundo. Só que abre a câmera, dá uma geral no visual da "mulé"... Depois uma cena dela encontrando com os amigos. Todos com os mesmos tipos de tatuagem, os mesmos tipos de roupa, e até os piercings nos mesmos lugares. Sinceramente, me deu vontade de empurrar a imbecil pra baixo de um ônibus.

Aquele bando de adolescentes de all-star de cano alto, saia preta, cabelo pintado de vermelo, roxo ou verde... Piercing na língua-supercílio-etc.... camisa de banda ou comprada numa feira alternativa... Porra, depois vem falar que têm atitude? Atitude é o meu Caralho! Era só perguntar pra turminha quem gosta de los hermanos, ou de alguma banda onde os carinhas fiquem emulando alguma coisa da cena indie ou emo ou metal melódico lá de fora, ou quem assistiu "brilho eterno de uma mente sem lembranças" e diz que é o cult movie de sua vida. Se der a maioria, me digam...

Aí eu lembro de um trecho de uma música dos Engenheiros que eu ouvia lá pros finais dos anos 80, mas que cabe direitinho até hoje:

"todos iguais, todos iguais... Mas uns mais iguais que os outros... Todos iguais, todos iguais..."
Por essas e outras que eu falo... Esse papinho de atitude não me pega não. Nunca gostei muito de gente que levanta o nariz por pouca merda mesmo... E tenho dito. Au!

Política de Cão

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas.

O Analfabeto político é tão burro que se orgulha de estufar o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio.

(O Analfabeto Político - Bertold Brecht)

Sinopses vira-latas: As Brumas de Avalon, de Marion Zimmer Bradley

Resumo: A História do Rei Arthur contada pelas mulheres de sua família. Começa com Igraine que tem dois filhos, Arthur e Morgana. Arthur estuda pra virar guerreiro e rei, enquanto Morgana vai pra ilha virar druida. Um dia rola uma festinha, coisa de adolescente, todo mundo muito doido cheios de poção do Panoramix nas idéias, o Arthur come a irmã no escuro sem saber que é ela. Vai embora e ele nem desconfia. Ela embuxa e tem o neném na encolha.

Nesse meio tempo, aparece o Lancelote, um francês metrossexual playboy que é primo deles, do tipo que chega chegando e come todo mundo fácil, mas não sabe direito o que quer da vida, nem de qual fruta é mais chegado. Gilete legal.

Arthur casa com Guinevere (Gwenwhyfar pros íntimos)uma loira patricinha, que logo dá mole pro pegador francês. Morgana continua apaixonada por Lancelote também, mas como é marrenta, não dá na pinta pra não se dar ao desfrute pra Guinevere (mulher tem dessas coisas, vcs sabem). Arthur vê que a coisa tá preta pro lado dele, e pra não perder a mulher, topa liberar um ménagezinho com o primo... Vai ver que ele prefere dividir um filé com os amigos que comer uma pelanca sozinho...

A vida segue, Guinevere casada com Arthur pq ele é o rei, não vai perder uma bocada dessas. Lancelote acha di-vi-no, pode dividir a cama com a Guin e com o Art...que coisa moderna!!! Morgana, burra que só, orgulhosa que só, não consegue desencantar do Lancelote, e só trepa uma vez ou outra, com um Zé qualquer que apareça, mas nunca tem orgasmo e morre de paixão incruada.

Fim.

Dia de Reis (Magos, não Cães...)

Olha a minha cara de ânimo pra fazer "faxina do dia de Reis"... Nem parece que teve tanto feriado há pouco tempo atrás...

Bom descanso!

Sinopses vira-latas: Finnegan's Wake, de James Joyce

Resumo: Mais uma vez, (como bom Irlandês que é), Joyce toma um porre e vai escrever sobre a vida de um compatriota seu, que apesar de fictício, poderia muito bem ser ele mesmo. Mas como o autor está de porre, (e todos sabem que quem tem delirium tremens alucina legal e mistura tudo), mais uma vez ele desembesta a fazer correlações entre a vida do personagem principal, o taberneiro Humphrey Earwicker e sua família com toda uma gama de mitos, mitologias, referências, símbolos e simbologias da cultura universal. Só pra complicar, como todo bom bebum, o autor ainda sai inventando um monte de palavras novas, e também colocando palavras conhecidas em lugares estranhos. Daí resulta mais um livro bem divertido que pode ser lido de trás pra frente, de frente pra trás, de lado ou na diagonal, e que assim como Ulysses, serve mais pra ficar fazendo correlações e usando-se como combustível para tiração de onda do que propriamente ser lido. Como diria o Obelix, "Esses Irlandeses são malucos!"


Provérbio Inglês:
"Deus inventou o álcool para os irlandeses não dominarem o mundo"

Latidos impertinentes

Formatação HD e Reinstalação de Windows... Um processo que guarda semelhanças fortes com a TPM: Todo homem ainda vai passar por isso, ficar de saco cheio, e desejar que não fosse necessário lidar com essa bosta.

Pulguento!


Pulgas são como os problemas. Ou os problemas são como as pulgas? Só sei que os dois enchem o saco, mas tem gente que assim como os cachorros, adora tê-lôs por perto, e estão sempre se metendo em situações onde conseguirão mais. Tanto as pulgas quanto os problemas.

Direito de ir e vir (ao chão)

A pedra portuguesa em que pisei
Que estava solta na calçada
Escorregou em outra e sambei
Meu tornozelo, uma pontada

Virou, em pleno centro da cidade
Quase chegando à portaria
Pensei, isso é muita maldade
Uma dessas pra começar meu dia

Entrar mancando no prédio
Muito puto com o prefeito
Ligar pedindo remédio
E torcer pra fazer um efeito

Ah, merda de política!
Ah, que bosta de eleição!
Não fujam à minha crítica
Não consertem o calçadão...

Tivesse eu oportunidade e certeza
Faria o seguinte, tomado de tão puto
Pegaria a maldita pedra portuguesa
Acertaria um político no cocoruto.

Momento Vira-Latas Raivoso ou "Porque Papai do Céu não dá Asas a Cobra"

Dia desses baixei um CD inteiro do Bezerra. Depois vou baixar mais. Não creio que alguém deva ficar espantados com minha falta de sofisticação, com meu não-eruditismo. Nadei em um mar de sofisticações e fiquei literalmente enjoado. Misé-en-cenes, Salamaleques, Notas Jazzísticas, Cheiro de Charuto, Viagens à Europa. Tudo isso embalado em um papel reluzente, e ao mesmo tempo efêmero e rasgadiço.

Fiquei puto. Resolvi olhar para frases simples. Resolvi estudar a falta de sofisticação. Procurei, procurei, procurei, vi coisas ruins do lado de cá também. Descobri que não é o ruim, exatamente que incomoda, nem o considerado bom demais. Ruim ou bom, o que me enche o saco é o fora de hora. Tem hora de música clássica? Tem. Agora, tem hora pra Bezerra da Silva também. E como tem.

Sempre ouvi dizer que gente que viaja muito aprende mais, tem mais cultura, etecéteras e tais. Olha, testemunhei, conheci pessoas e descobri: Se o nosso organismo não estiver preparado para consumir o que uma experiência dessas tiver pra oferecer, não adianta. É como pagar muitos milhares de euros pra comer as mais finas iguarias, e no final, tudo vai virar bosta.

Fodam-se suas viagens pra Europa. Foda-se o chocolate belga. Foda-se esse ar perdido de quem está nos trópicos por acaso. Foda-se esse ranço de aristocracia pra lá de demodé. Um dia, me disseram que o vira-latas é o cão mais resistente, por conta da seleção natural. Descobri que sou vira-latas. Descobri que sou resistente, descobri que sou adaptável. Descobri que dou conta do recado.

Um dia isso será levado em conta.

Pensamentos do Fundo do Latão


"Piolho cego vive esbarrando em cabelo"

5 de janeiro de 2008

Significados para a famosa sigla T.P.M.

Todos Problemas Misturados.
Tendências a Patadas e Murros.
Temporada Proibida para Machos.
Tô Puta Mesmo! (essa é fantástica...)
Tocou, Perguntou, Morreu. (essa então, perfeita...)
Tire a Porra da Mão!
Tente no Próximo Mês (ah, tristeza...)
Tô Pirada Mesmo! (sem comentários...)
Tempo Para Meditação (quem tem uma dessas dê graças a Deus)
Totalmente Pirada e Maluca (e se achando normal, o que é pior...)
Tendência Para Matar (e ainda transformam essa porra em atenuante!!!)
Tira as Patas, Moleque
Tenha Paciência Meu. (paulista também tem direito a TPM)
Toda Problemática no Momento. (é mesmo? Nem tinha percebido...)
Total Paranóia Mental.

Lembrem-se amigos... TPM é igual formatação de HD... Um dia você ainda vai ser obrigado a enfrentar uma...

4 de janeiro de 2008

Elas olham nossos paus...



Uma das coisas boas de se ter uma amiga inteligente (coisa que hoje em dia não é tão comum quanto pensam as leitoras da Marie Claire) e cuca-fresca, e essa amiga ser alguém com quem temos liberdade de falar qualquer sacanagem, putaria, (ou outros sinônimos sexualmente válidos) é o fato de se ter uma boa opinião lá do outro lado, e pra quem as pessoas parecem nunca querer dar uma opinião que nem eu, isso é uma bênção. Um dia desses conversando com essa amiga, inadvertidamente o papo escorregou pra assuntos de sacanagem, como em muitas conversas nossas. Acabamos falando de como olhamos ou deixamos de olhar as pessoas que nos interessam no sexo oposto na rua, e eu acabei me dando conta que as mulheres olham pro nosso pau mesmo, embora a maioria de nós nem se dê muito conta disso.

A explicação que eu dei pra ela foi que nem sempre a gente repara, porque elas em primeiro lugar, sabem olhar de um jeito muito mais discreto que nós, e segundo porque a gente fica tão concentrado no movimento de olhar peito-perna-rosto-geral, que não percebe a sutileza do olhar delas. Vejam bem, mulher e homem têm os olhares muito diferenciados. Uma mulher pode esquadrinhar e detectar um cabelo loiro (inclusive detectando a cor da tintura) no seu casaco, mesmo que ela esteja a uns três metros de distância. Isso com a rapidez e precisão de um radar da marinha americana. Ainda assim, dadas as particularidades das diferenças entre os olhares, muitas vezes não conseguem colocar um carro de 3 metros de comprimento em uma vaga com quatro metros, mas se eu me estender no assunto vão dizer que eu sou machista... Deixa pra lá. Voltemos às revelações manja-rolísticas da minha amiga.

Não é que nós homens sejamos um bando de pobres inocentes, e que nunca tenha passado pela nossa cabeça (as duas, aliás) a idéia de que elas oham mesmo. Mas pra gente é uma coisa que não parece ser tão explícita, tão na cara, tão descarada quanto aquela cara que a gente faz quando passa um bonito par de pernas, ou seios de belo desenho, ou uma bunda redondinha... Dificilmente vemos uma mulher olhando um homem com aquela cara de peixe morto que é meio que nossa marca registrada. Confesso que não sou lá um cara de pau de marca maior, que goste de evidenciar que estou olhando, mas tratei sempre de treinar meu olhar, de comunicar à dona dos atributos que “estou olhando mesmo e daí?”

Agora, quando minha amiga veio e falou que manjava mesmo, eu fiquei meio surpreso. Não dá pra evitar. Lembram daquele filme com o Mel Gibson no qual ele consegue ouvir o que as mulheres pensam? Ele também ficou surpreso quando flagrou a Helen Hunt se censurando por olhar pro negócio dele. Acho que no fundo, independente do que as pós-feministas sem noção digam, nós temos de um modo geral menos maldade que elas. Tá bom, temos lá a nossa também, não somos santos. Só que o diabo mora nos detalhes. Maldade masculina é mais óbvia. A nossa mata pelo impacto. A delas, por envenenamento. E o veneno costuma ser tão forte que volta e meia morre uma, após morder a própria língua.

3 de janeiro de 2008

Boemia, aqui me tens de regresso...

Eis que retorno, exatos dois meses depois.
Fui forçado. Estava eu em um interlúdio em minha vida, aproveitando alguns momentos de paz, privacidade e prazer, mas fui chamado à luz do ringue novamente...

É aquela coisa, uma idéia nova aqui, uma discussão de um assunto ali, novas coisas acontecendo na vida, um monte de filmes a mais durante as férias (ou pelo menos o recesso do fim de ano)... Aí dá aquela vontade mesmo de voltar a escrever, de falar merda, de reclamar das coisas, e tudo mais.

Então é isso.

(!!!!!)

Ah, antes que eu me esqueça, eu vou ver se tomo vergonha na cara e escrevo mais esse ano. Vou ver se isso torna esse canil mais visível e coisa e tal... Ah, e caso alguém pense que é resolução de ano novo, apaputaquipariu que eu não gosto disso não. Resolução de ano novo é o cacete. Isso é papo de quem não consegue fazer nada o ano inteiro, depois fica fazendo promessinha quando o ano começa.

"Conhecerás a Verdade, e a Verdade te libertará, nem que seja na base da porrada."
São Jece Valadão