Mais uma vez vou me arriscar a ser queimado em praça pública pelas feministas, ao expor uma característica que para olhos menos inteligentes pode passar por puro machismo. Mas como quem tem olhos pra ver vê, a coisa não é tão preta quanto imagina-se. Nem o buraco é tão mais embaixo assim. Até os quinhentos não são lá aqueles outros não. Existe mulher pra casar e existe mulher pra cruzar. Os homens que aprendem essa diferença caem muito menos em esparrelas, contos da carochinha, e enrolações que suas contrapartes do sexo oposto. Isso é fato. Bem, crianças... em homenagem ao inverno que chegou, vamos às vacas frias...
Nas minhas intermináveis discussões a respeito de mecânicas de relacionamento com amigos e amigas (na verdade, muito mais com amigas, porque os amigos rapidinho entram num acordo e deixa de ser discussão pra ser consenso), sempre esbarrei numa condição que parece muito mais presente no imaginário masculino que no feminino... A diferenciação categórica entre os comportamentos das meninas, que os garotos aprendem a fazer e arrisco a dizer, bem cedo.
Lembro de cenas da época do segundo grau (é, isso mesmo...segundo grau sim. Ensino médio é coisa de quem assiste malhação) onde enquanto as meninas suspiravam, umas romanticamente, e outras tomadas por uma incipiente afliceta (depois eu falo disso!) os rapazes se reuniam e faziam uma espécie de enquete pra tentar especular dentre as meninas da sala, quais já tinham dado e quais não... quais eram mais sem-vergonha e quais levavam jeito de serem caretaças, e por aí vai. Nessa época, se vê muito a diferença de estilos entre as meninas, se descobrem certos detalhes de comportamento, se avalia certos padrões que são muito próprios delas, e aí começa a se estabelecer a maior capacidade masculina de não cair em furadas.
Quando se cresce aprendendo que existe mulher pra casar e mulher pra cruzar (role no túmulo, Simone de Beauvoir!!!!) a chance de gastar dinheiro com lenços Kleenex, passar por "enganado coitadinho" ou se tornar alcoólatra por conta "daquela bandida" diminui sensivelmente. É lógico que como tudo na vida, isso não é uma regra que se aplica de forma exata a tudo e a todas, até porque o ser humano não é máquina. Mas se tomarmos essa facilidade conquistada para fazer a diferenciação como uma ferramenta, descobrimos que ela ajuda pra cacete. E ajuda o cacete também.
O problema não é existirem as pra casar e as pra cruzar... Nem de longe. Ambas são admiráveis e cumprem seus papéis de forma maravilhosamente bela. Ambas tem seu lugar garantido no nosso imaginário. A graça toda em sermos quem somos está justamente na beleza da diferença, e na capacidade que arduamente conquistamos de perceber essa diferença... Ou, se é pra ser sarcástico, pra aceitar essa diferença. Sim, porque conheço milhares de mulheres inteligentes o suficiente para perceber a diferença entre um cara legal e um cara que não presta, mas que se vc colocar um que não presta entre mil que prestam, e mandar elas escolherem, adivinha quem é o sorteado! Parabéns, acertou! Ganhou um canalha desgraçado que vai te fazer chorar o resto das suas noites solitárias!!!! (Ah, confessa vai! Ser feliz é o escambau, mulherada!!! Vocês gostam é de tomar na cabeça mesmo, não é?) Se não, por que continuam escolhendo mal desse jeito.
Mas essa de escolher mal é assunto pra outro post. Nesse aqui já lati o meu recado.
Fui!
29 de outubro de 2007
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