Esse está sendo um ano interessante. Quase sem perceber, voltei a ilustrar. Desde ano passado eu já vinha retornando, mas estava pegando o jeito, aprendendo a mexer com o equipamento novo que passei a usar, essas coisas. Só que isso tudo foi sem pretensão ainda, até porque nunca achei meu traço lá muito "comercial". E tava explorando o que dava e o que não dava pra fazer, as ferramentas que eu gostaria mais de usar, etc.
Pouco tempo atrás veio através de um ex colega de faculdade que tinha agitado um freela pra mim séculos atrás e que deu bastante certo na época, um convite pra fazer outro. Eu achei um trabalho que "dava pra mim", fiz os esboços, apresentei pro responsável pelo projeto, com quem tivemos uma reunião, o cara gostou, e pronto... Voltei ao mundo de "desenhar pra fora".
Outra coisa que me fez lembrar das mudanças desse ano é que comecei a meditar. Demorei anos para resolver fazer. Nunca quis seguir doutrinas de outros, passei eras e eras lendo sobre gente que faz isso, cada qual do seu jeito, e tudo mais. Não quis descobrir um santo pra cobrir outro, se é que dá pra me entender. Daí, pouco tempo atrás, achei um método legal, sem nenhuma papagaiada pseudo new-age e comecei a praticar. Ainda estou um pato danado, sei que é difícil, que exige prática, mas mesmo do alto da minha inexperiência, tá sendo legal. Já dá pra sentir diferença. O interessante é que não é uma diferença do tipo "depois que comecei a fazer exercício estou com x quilos a menos"... é algo muito mais sutil. Sinto-a quando eu consigo ficar mais calmo e por mais tempo do que conseguia antes, o que não é grande coisa, porque nunca fui um cara nervosinho... aliás, uma das poucas coisas que me deixam nervoso é gente nervosa. Paradoxal, não? Sinto também às vezes uma certa diminuição da maldita preguiça que sempre me assolou... isso está sendo bom pacas. Não que ela tenha sido removida de todo, mas tenho conseguido me mover em direção às coisas que tem que ser feitas (pelo menos as que tenho mais vontade de fazer) com mais facilidade que antes. É engraçado. Tá exigindo bem menos esforço.
E, de uns tempos pra cá também, resolvi parar de reclamar que não conheço quase ninguém do lado de cá da poça, e comecei a procurar amizades por aqui. Deixo registrado que meu sonho de consumo é ter um grupo de pessoas que morem perto ou sejam acessíveis o suficiente para poder tomar um chopp num bar perto de onde moro. Sim, porque acho um pecado ter um monte de barzinho legal em volta de onde eu moro, todos a uma caminhada de distância, e não ter uma turma com disposição pra molhar a palavra de vez em quando.
Não é que eu não conheça ninguém aqui. Mas sinceramente, as amizades daqui de quem eu gostava mais, eram 2 casais da época que eu era casado, e que parecem que gostavam mais de mim naquela época também. Depois que voltei ao clube dos solteiros, provavelmente fiquei proscrito pra eles. Eles até são bem-intencionados, não deixam de mandar emails, e tudo. Uma vez ou outra até acenam com a possibilidade de marcar um chopp, só que demoram mais de 1 ano pra marcar um, e quando marcam é um fim-de-semana em que eu estou viajando. Sem contar os milhares de chopps cancelados por causa de casamentos ou festas de aniversário de criança. Esses eu prefiro nem lembrar. Dramático. Portanto, por mais que eu os ache pessoas legais, digamos que eu me dei conta que tem gente que não faz a menor questão de estar com a gente. Quando a gente quer a gente procura, certo? Ou pelo menos tenta. Então, eu quero eu vou procurar.
Me inscrevi numa comunidade de gente daqui. Estou aparecendo aos poucos. Já soube que eles marcam um chopp costumeiro, quando eu tiver mais visibilidade vou aparecer por lá. Por enquanto é isso.
17 de maio de 2008
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