6 de janeiro de 2008

Direito de ir e vir (ao chão)

A pedra portuguesa em que pisei
Que estava solta na calçada
Escorregou em outra e sambei
Meu tornozelo, uma pontada

Virou, em pleno centro da cidade
Quase chegando à portaria
Pensei, isso é muita maldade
Uma dessas pra começar meu dia

Entrar mancando no prédio
Muito puto com o prefeito
Ligar pedindo remédio
E torcer pra fazer um efeito

Ah, merda de política!
Ah, que bosta de eleição!
Não fujam à minha crítica
Não consertem o calçadão...

Tivesse eu oportunidade e certeza
Faria o seguinte, tomado de tão puto
Pegaria a maldita pedra portuguesa
Acertaria um político no cocoruto.

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