21 de agosto de 2008

Falta de Educação dá nisso...

Deu n'o Globo (pra ser mais exato na coluna Gente Boa do Joaquim Ferreira dos Santos):

"A Secretaria Estadual de Educação firmou parceria com a Furacão 2000 (!!!) e vai lançar um festival de funk (!!!) para alunos da rede pública. Finalistas mostrarão as músicas-sempre com temas ligados à sexualidade na adolescência-em bailes matinê. Tereza Porto, a secretária de educação que promove o concurso, começa a se ambientar (!!!) no assunto. Sábado, vai ao baile no Castelo das Pedras: "Quero me informar (!!!) e estudar a linguagem (!!!)".

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Observação: os "(!!!)" não são originais do texto, mas sim frutos da perplexidade deste que vos escreve.

11 de agosto de 2008

Um Ladrãozinho Safado, um Falso Ladrão...

Desde sempre eu afirmei que o vira-latas é um sobrevivente. Que é uma criatura que já veio ao mundo num contexto desconfortável, onde a luta diária é muito mais acirrada. Desde sempre eu afirmei que apenas quando consegue crescer e se desenvolver nesse contexto que também é desfavorável, o vira-latas pode se permitir ao prazer de ter escapado uma ou outra vez de situações vexatórias, perigosas ou complicadas.

Hoje o Vira-Latas escapou mais uma vez... Estava esse humilde canino que vos escreve na sua condução diária, voltando pro meu beco do outro lado da poça. Presidente Vargas, um pouco antes da Central, sentido Leopoldina. Estava olhando as mensagens no celular e o ônibus se aproximou do canteiro mais central da avenida.

Não sei o que foi mais rápido... o espírito ruim do cara que tentou roubar meu aparelho metendo a mão pela janela, ou o milésimo de segundo em que consegui sentir a aproximação do malandro pela lateral do ônibus. Um flash de pensamento passou pela minha mente, algo do tipo... "não acredito que esse palhaço vai tentar roubar meu celular"... e eu vi quase que como em câmera lenta, aquela mão entrando pela janela... e antes disso, a minha mão apertando o aparelho com mais força, evitando assim que ele conseguisse tirar o celular....

A moça do banco de trás percebeu e me perguntou, eu disse que o cara tentou. Ainda deu tempo de fazer o melhor... coloquei a cara pra fora da janela, e vi o malandro já mais pra trás no calçadão, e ele olhou pra trás. Não pensei duas vezes: meti o dedão pra fora e mandei-lhe um belo "fuck you". O povo do ônibus comentava, ouvi uns "bem feito, não conseguiu" "que absurdo" "cadê polícia" e por aí vai . Comentei com o motorista (eu estava bem no início do carro) que minha vontade era ter prendido o braço do meliante, e fazer ele dar um passeio de buzum. Até Niterói...

Mas não. Baixou a calma, me senti tão bem de ter mandado ele digamos, graficamente se fuder - e de claro, não ter perdido meu celular pra um ladrãozinho mané-, que valeu a pena deixar aqui o registro. Salve Jorge... até nisso ele me defende!

8 de agosto de 2008

Trocadilho Podre

Vira latas ouvindo o CD dos Secos e Molhados:
♫ Meu sangue latindu-úúúú... Minha alma canina-aaa...♪

O gatilho mais rápido do oeste não tem paz


Eu não posso beber meu whisky em paz no bar do Irish Willie, já não posso jogar poker com o Dakota Bill e os rapazes, não posso mais acampar em Fall River. Eu não posso ir até a casa de banhos do Mr. Cheng, não posso ir até o saloon da Ellie Mae. Nem mesmo ir visitar o rancho do velho Morgan ou aparecer na tribo do meu velho amigo Twenty Crows, aquele índio safado. Eu não posso mais nem mesmo aparecer na casa de tolerância da Srta. DuBois. Sempre tem algum bastardo querendo me desafiar para um duelo. Quase todos os dias eu tenho que derrubar mais um. O problema é que o tempo passa, e eu estou não estou ficando nem menos velho, nem menos lento. Um dia desses, um desses malditos garotos perseguindo a fama vai conseguir me pôr uma bala no estômago, e aí o que vai me restar? Uma cova? Um enterro decente? Vou dizer-lhes uma coisa. Ser o melhor às vezes pode ser uma merda. Um balde cheio de merda.

Ele cospe no chão, bem na bota do repórter, que olha desanimado ao mesmo tempo que esfrega a bota no chão de terra. Um texano grande e mal-encarado para na frente dos dois e olha com cara de desafio:
-Ao pôr do sol, McAllister... eu e você, em frente ao saloon.
Um grunhido como resposta. O texano volta pra perto dos seus capangas que riem. McAllister e o repórter continuam andando, o primeiro murmura com profundo desânimo:
-Pode ser hoje, rapaz. E pode não ser hoje. Mas é como eu lhe dizia, um balde cheio de merda.

A Própria lmagem já Diz

7 de agosto de 2008

Os Mineirim!!!


Eu não nasci lá, nem morei lá. Mas parte da minha família veio de lá, e o meu gosto pela comida de lá me faz pensar que em alguma parte do meu código genético, tem algumas letras dedicadas a Minas Gerais. Encontrei algumas anedotas bem mineirescas, bem temperadas "iguarzim a cumida di lá", que me deram vontade de pôr aqui...
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A SUTILEZA MINEIRA


O cumpadi, tava há muito tempo de olho na cumadi que morava no sítio vizinho. Aproveitando a ausênça do cumpadi, resolveu fazê uma visitinha para ver se ela não carecia de arguma coisa... Chegando lá, os dois meio sem jeito, não estavam acostumados a ficar a sós... nem a ficar trocando dedo de prosa... tenta daqui, tenta dali, falaram sobre o tempo....
- Será qui chove, cumadi?
- Pois é... Tá mei fei, né...
Ficô um grande silênço.....
Aí, o cumpadi si enche di corage e arresorve quebrá o gelo:
- Cumadi....qui qui ocê acha: nóis trepemo ou tomemo um café?
- Ah, cumpadi...cê mi pegô sem pó.....

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MUIÉ É BICHO À TOA 1

Os dois cumpades pitavam o cigarrim de paia e prosiavam. Um dêis pergunta:
- Ô cumpadre, cumé que chama mesmo aquela coisa que as muié tem (faz um sinal com as duas mãos), quentim, cabeludim, que a gente gosta, é vermeia e que come terra?
- Uai...quentim... vermeia..? A gente gosta? Uái sô, só pode ser xoxota. Mas eu num sabia que comia terra, sô!!
O outro dá uma pitada no cigarro, e arresponde mei desconsolado:
- Pois come, cumpadre. Só di mim, cumeu treis fazenda.

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MUIÉ É BICHO À TOA 2

O velho fazendeiro do interior de Minas está em sua sala, proseando com um amigo, quando um menino passa correndo por ali.Ele chama:
- Diproma, vai falar para sua avó trazê um cafezim aqui pra visita!
E o amigo estranha:
- Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?
- É meu neto! Eu chamo ele assim causo de que mandei minha fia estudar em Belzonte e ela vortou com ele!

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MUIÉ É BICHO À TOA 3

Dois mineirim pescando (e filosofando) na beira do riacho:
- Cumpadi, muié é bicho estranho, num é mêsss???
- Causdiquê, cumpadi?
- Uai, ocê veja, Num gosta di pescá.... Num gosta di futebor... Num sabi contá piada... Num toma umas pinguinha....
- Óia, cumpadi é bem verdade... Võ dize mais procê... Acho que si num tivesse xoxota, eu nem cumprimentava.

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NA CAMA COM O MINEIRIM

Um mineirim bom de cama, passando por New York, pega uma americana e parte pros finalrementes. Durante o bem-bão, o mineirim faz a americana gozá qui nem uma doida. O Trem tava bom dimais da conta, então a americana fica louca e começa a gritar:
- Once more, once more, once more...
E o mineirinho responde desesperado sem sabê pur causo di quê que a doida tava preguntando aquilo:
- 'Beraba!!!! 'Beraba!!!!! 'Beraba!!!!!!!

Feminismo à Brasileira


A União Internacional das Mulheres resolveu fazer uma experiência durante um ano para medir a capacidade de persuasão que as mulheres de diferentes países exercem no lar. O teste seria feito durante o período de um ano com uma francesa, uma americana, uma australiana e uma brasileira. No ano seguinte elas se reuniriam em um novo seminário para comprovarem os resultados. Pois bem. Possou-se um ano e lá estavam as mulheres reunidas no seminário da UniãoInternacional das Mulheres:
- Chamo ao palco a representante francesa. - Disse a presidenta do congresso.
- Então, minhas colegas, cheguei em casa após aquela reunião do ano passado e disse ao meu marido: “Não cozinharei mais dentro dessa casa”! - Afirmou enfaticamente a representante Francesa.
- E o que aconteceu? O que aconteceu? - Perguntava a platéia feminina presente no seminário.
- Bem, no primeiro dia eu não vi nada. No segundo também não vi nada. No terceiro dia ele começou a comprar comida fora. Em um mês ele percebeu que seria mais viável contratarmos uma cozinheira. E hoje, nós somos donos de uma das maiores redes de restaurantes da França - Concluiu a francesa. E a platéia foi ao delírio com o resultado.
- Agora chamo ao palco a companheira americana. - Convocou a presidenta.
- Amigas presentes, vos digo que cheguei em casa após aquela reunião do ano passado e disse ao meu marido:“Não lavarei mais roupas dentro dessa casa”. - Disse a americana.
- Ohhh! - Exclamou a platéia, esperando uma resposta.
- Bem, no primeiro dia eu não vi nada. No segundo também não vi nada. No terceiro dia ele começou a levar a roupa para uma lavanderia. Em um mês ele percebeu que seria mais viável contratarmos uma lavadeira. E hoje, nós somos donos de uma das maiores redes de lavanderia dos Estados Unidos. - Respondeu a americana.
E na platéia umas gritavam de êxtase com os resultados, enquanto outras discutiam animadamente os reflexos que aquelas experiências podiam trazer à sociedade...
- Agora chamo a companheira australiana- convocou a presidenta.
- Bem, cheguei em casa após aquela reunião do ano passado e disse ao meu marido:“Não cuidarei mais das crianças nessa casa”. - Disse a australiana.
- Ooohhhhh! - Gritava mais ainda a platéia esperando a resposta.
- Bem! No primeiro dia eu não vi nada. No segundo também não vi nada. No terceiro dia ele tentou cuidar das crianças matando o trabalho. Em um mês ele percebeu que seria mais viável contratarmos uma babá. E hoje, nós somos donos de uma das maiores redes de baby sitter da Austrália. - Respondeu a australiana. A platéia exultava, aos prantos de tanta emoção e conquista com todos esses resultados.
- Por último eu chamo agora ao palco a companheira brasileira. - Convocou a presidenta.
- Bem, cheguei em casa após aquela reunião do ano passado e disse ao meu marido:“O negócio é o seguinte, Waldemar: não lavo mais, não passo mais, não cozinho mais e nem cuido mais das crianças nessa po##@ dessa casa”. - Exclamou a brasileira. As companheiras de platéia ficaram impressionadíssimas com o radicalismo da companheira brasileira, já comemorando com o que seria a resposta.
- E o que aconteceu? – Perguntou a presidenta, tomada pela curiosidade.
- Bem, no primeiro dia eu não vi nada. No segundo também não vi nada. No terceiro, ainda nada. No quarto dia, quando os meus olhos começaram a desinchar . . .