20 de abril de 2009

Tanta Coisa de Outubro pra Cá...



De outubro pra cá, rolou um namoro rápido e estranho (por vários motivos), um rompimento mais rápio ainda, mas nada estranho, um reencontro, uma proposta, uma decisão e um mergulho de cabeça. Vira-Latas reafirmou veementemente sua vocação de não bater palmas para maluco dançar, e agora está ensaiando passos para ser o próprio maluco dançarino da vez. Estranho? Pode parecer à primeira vista, mas depois de explicado, creio que ficará mais fácil entender. Já adianto que nessa postagem vai só uma parte da novela... Depois vêm mais capítulos. É bom que assim eu vou refrescando as coisas na mente também. Titio VL não é mais nenhum adolescente, tem que pôr as idéias em dia aos poucos porque senão embaralha tudo e a exatidão padece.

Outubro passado, iniciava eu um namoro com uma moça tão complexa quanto atraente. Sim, e o que é pior, a moça não se achava nem complexa, nem tão atraente assim. Suspeitei desde o princípio, diria o Chapolim Colorado. Mas como eu não sou o Chapolim Colorado e a moça tinha atributos bastante desejáveis, embarquei.

Eis que era a moça egressa de um relacionamento longo, recentemente desfeito. Eis que o relacionamento tinha filhos no meio, um só, pra ser mais exato. E eis que o ex era do tipo chato. Resumindo, santo forte que eu tenho, pra mim não pegou nada, durante os 3 meses que durou. Mas que a existência do ex-croto era um fator de encheção de saco constante no MEU namoro, isso lá era. Digamos que o ex-trupício era um mestre na arte de deixar a moça mal com suas atitudes, o que refletia inevitavelmente na forma com que ela encarava todo o resto. Até aí, natural, até aí o seu narrador aqui sabia do que tratava esse tipo de situação e se colocava como ombro de apoio, sem o menor problema. Só havia um porém nessa história toda. A moça, como eu já tinha sugerido aí mais pra cima, possuía uma séria dificuldade em admitir que as coisas externas, quaisquer que fossem, a afetavam. Qualquer um pode imaginar que esse tipo de negação gera problemas de entendimento, tanto pra quem nega quanto pra quem convive diretamente com quem a pratica. Sem contar que como era de se esperar de uma pessoa que tinha saído de um relacionamento longo e mal ajambrado recentemente, ainda havia milhões de barreiras, neuras e inseguranças a resolver. Isso é natural, não a culpo por estar assim. É o tipo de situação que se fosse vista de fora, e não como participante, seria muito mais claramente identificada. E como eu estava dentro (aliás, a parte do [mau sentido mode on]dentro era ótima, diga-se de passagem) não vi que ela não estava ainda em condições de levar uma relação, pelo menos não comigo, não do jeito que eu sou, não do jeito como eu gosto de me relacionar.

Daí que isso, aliado a certas posturas assertivas demais, que não combinam com meu jeito normalmente tranquilo de resolver pendengas relacionamentais, foi gerando um certo grau de stress muito atípico pra um namoro de 2, 3 meses. Entre outubro e dezembro, aceitei o argumento e o aviso prévio (atitude nobre, admito) de que as coisas seriam complicadas por conta do cerco do ex-croque. Mas, passado esse período, após breves montanhas-russas de encanto e decepção, a coisa começou a ficar chata pra mim. E isso é algo que liga vários sensores no meu mecanismo de autopreservação. Num certo dia, pouco depois de completos 3 meses... uma briga idiota por uma situação extremamente desagradável e errônea, que foi elevada aos mais extremos graus de exagero e paranóia, que demandou horas ao telefone para chegar-se a um termo, deixou meus humores já em pandarecos. Eis que dois dias depois, mais uma vez assuntos particulares do lado de lá criaram uma situação ridícula, o que me causou uma crise forte de dor de estômago.

Nada me tirava da cabeça que me relacionar com uma pessoa capaz de sozinha, me deixar com dores físicas, não estava nos meus planos. Terminei ali, naquela noite. Não antes de ter que ouvir de uma pessoa que tenho a forte impressão de que nunca tinha tomado um pé na bunda antes, que eu "iria me arrepender e pediria para voltar"... Nessa hora, apesar de toda a dor que sentia, ri por dentro. E ri alto. Estava ali comprovado, que realmente, em 3 meses essa moça não se preocupou nem um pouco em me conhecer.

Questão foi, rolou um certo prazer sim, ao mandar a moça passar no RH pra acertar as contas. Digo isso, visto que pra alguém que tinha o costume de ser constantemente cortejada, o que pode gerar normalmente uma postura de se achar a última coca-cola do deserto, foi interessante ver a postura marrenta de "vc vai querer voltar" pro meu lado. Isso, no fim, não teve preço. Cara, eu sou bom. Mas quando a pessoa consegue a façanha de fazer com que eu não goste mais eu sou mau pra cacete.

Um comentário:

De AllStar ao Salto Alto Rumo ao Nirvana disse...

Nossa!!! Precisamos conversar ( ou latir ) mais a respeito!!!